#SomosTodosUfal - Revista da Universidade Federal de Alagoas - N02

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# UFAL SOMOS TODOS R E V I S TA DA U N I V E R S I DA D E F E D E R A L D E A L AG OA S ANO 2 • Nº 2

RU ÁGIL Filas menores e mais satisfação entre comensais

SBPC Foco e engajamento na organização

HU Referência na assistência humanizada

Bienal Alagoas um legado de cultura e arte para todos os públicos



A Ufal será sede do maior evento científico da América Latina Clique para assistir ao vídeo e saiba mais sobre a #SBPCnaUfal

Inscrições no site: ra.sbpcnet.org.br/maceio


SUMÁRIO

REITORA

Valéria Correia

VICE-REITOR José Vieira

PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Sandra Paz

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PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Alejandro Frery

PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO Joelma Albuquerque

PRÓ-REITORA ESTUDANTIL Silvana Medeiros

PRÓ-REITOR DE GESTÃO INSTITUCIONAL Flávio Domingos

PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS E DO TRABALHO Carolina Abreu

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO Mercia Pimentel

EDIÇÃO

Manuella Soares (MTE - 2530/PB) Mercia Pimentel (MTE - 1007/AL)

REPORTAGEM JORNALISTAS Carlos Madeiro (MTE - 3109/PE) Diana Monteiro (MTE - 343/AL) Lenilda Luna (MTE - 655/AL) Márcia Alencar (MTE - 352/AL) Shirley Nascimento (MTB - 758/02) Thâmara Gonzaga (MTE - 1459/AL) RELAÇÕES PÚBLICAS Izadora Lopes Janaina Alves

FOTOGRAFIA

Arquivo Ascom Thiago Prado Renner Boldrino Depositphotos

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO PROGRAMADORA VISUAL Camila Fialho

ESTAGIÁRIOS E VOLUNTÁRIOS

Cairo Martins (Jornalismo) Danielly Santos (Relações Públicas) Eduardo Lira (Relações Públicas) Gilmarques de Castro (Design) Jessyka Faustino (Jornalismo) Klebson Candido (Relações Públicas) Letícia Sant’Ana (Jornalismo) Rafaela Oliveira (Relações Públicas) Sandro Neris (Design) Sara Graziele (Jornalismo) Thamires Ribeiro (Jornalismo)

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EDITORIAL

Carta à Comunidade Acadêmica

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GRADUAÇÃO

Novas ações estimulam maior participação dos estudantes na Universidade

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BIBLIOTECA

Livro à mão e online: mais rápido e descomplicado

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INTERCÂMBIO

Aprimorar internamente para internacionalizar com sucesso

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POLÍTICA ESTUDANTIL

A assistência estudantil atua como ferramenta para a democratização da educação superior pública

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EXTENSÃO

Uma orquestra que toca a vida


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PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Vitrine científica para o Brasil e o mundo

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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Humanização para pacientes terminais e mais qualidade de vida para oncológicos

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GESTÃO INSTITUCIONAL

Mudanças necessárias por qualidade nos serviços e mais transparência

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GESTÃO DE PESSOAS E DO

TRABALHO

Servidores cada vez mais preparados e reconhecidos

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INFRAESTRUTURA

Um ambiente mais humano, harmonioso e acolhedor

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COMUNICAÇÃO

Integração e reforço na equipe melhoram comunicação da Ufal

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Resistência por mais oportunidades

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EDITORA DA UNIVERSIDADE

Livros que envolvem também deixam legado

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CAMPUS ARAPIRACA

Excelência e reconhecimento no Agreste alagoano

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CAMPUS DO SERTÃO

O mundo no Sertão: o que se faz por lá é visto e reconhecido

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ENTREVISTA COM A REITORA

Desafios e avanços deste segundo ano de gestão

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RETROSPECTIVA 2017

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EDITORIAL

Carta à Comunidade Acadêmica

Valéria Correia, reitora da Ufal e, o vice-reitor, José Vieira Cruz (Foto: Renner Boldrino)

O ano de 2017 foi preenchido por lutas sociais nas quais a Ufal não deixou de se posicionar, sempre afirmando os princípios democráticos de autonomia universitária e liberdade de pensamento. Participamos de atos convocados pelos movimentos sociais e sindicais contra o congelamento de gastos nos serviços públicos e contra as reformas do Ensino Médio, Trabalhista e da Previdência. Nos anos de 2016 e 2017, aprovamos juntos ao Conselho Universitário moções políticas em defesa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que foi ameaçado pelos cortes no orçamento; a moção de repúdio à Lei da Escola Livre, considerada como um atentado à liberdade de

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pensamento em sala de aula, que ficou conhecida como Lei da Mordaça, por instituir uma censura às escolas; moção em Defesa da obrigatoriedade do ensino da Língua Espanhola, dentre outras pautas políticas. Outro posicionamento firme foi com relação ao trágico falecimento do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier. O Conselho Universitário aprovou a subscrição da nota de pesar da Andifes, afirmando que “é inaceitável que pessoas investidas de responsabilidades públicas de enorme repercussão social tenham a sua honra destroçada em razão da atuação desmedida do aparato estatal”. O ano de 2017 também rendeu

frutos com a proposta de entrada única para o Campus Sertão, que foi aprovada no ano anterior, equiparando-se ao campus Arapiraca. Com uma seleção unificada, os professores puderam fazer uma divisão melhor das tarefas, o que possibilitou a aprovação, pelo Consuni, do primeiro curso de mestrado, o Mestrado Profissional em Educação e Diversidade Étnico-racial, Sexual e de Gênero. Ao todo foram 11 novos cursos de pós-graduação, aprovados na mesma sessão do Consuni, em setembro de 2017. Mesmo com uma redução de mais de 17% do orçamento de custeio e capital destinado à Ufal em comparação ao ano de 2016, conseguimos avançar na oferta de cursos de pós-gradua-


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ção, graças ao empenho dos professores e pesquisadores da Ufal. Nós possuímos os melhores quadros científicos, empenhados em realizar um grande trabalho nesta instituição. A valorização dos nossos servidores também esteve na pauta de 2017. Em maio, um edital para distribuição de 43 vagas de professor visitante aos programas stricto sensu da Universidade tinha como contrapartida o apoio à qualificação dos servidores da Ufal e fomento à inclusão de estudantes afrodescendentes em programas de pós-graduação. Destacamos também o compromisso da gestão de definir critérios estabelecendo transparência na seleção de professores para bolsas de incentivo à qualificação. Ao mesmo tempo, foi garantido, por meio de edital, a contratação de professores substitutos para suprir as vagas dos que se afastam temporariamente para a qualificação. Em todos esses editais, buscamos cumprir os compromissos de garantir isonomia na concorrência, porque é importante que os professores tenham possibilidades igualitárias de acesso à qualificação. Foi também aprovada pelo Consuni a resolução que possibilita a flexibilização da Jornada de Trabalho para turnos de 30 horas em diversos setores, uma reivindicação dos técnico-administrativos da Ufal, que foi defendida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) e considerada uma importante conquista da categoria. Dentro da proposta de nenhum servidor a menos, realizamos muitos concursos em 2017. Foram 260 admissões de docentes, sendo 69 efetivos, 148 substitutos e 43 visitantes (em andamento). Para reposição do

quadro de técnicos, admitimos 111 servidores. Outra proposta da gestão que foi aprovada pelo Consuni foi a garantia da uniformização das eleições para as direções das unidades acadêmicas, democratizando o processo no sentido de garantir a participação de forma tripartite da comunidade universitária. Mesmo em tempos de contingenciamento e cortes de verbas, a Gestão buscou melhorar a infraestrutura da Universidade. Desde diminuir as filas no Restaurante Universitário, com a implantação do RU Ágil, até o planejamento de ações mais amplas em eficiência energética, nossa equipe se desdobrou para superar os efeitos da crise, garantindo qualidade dos serviços públicos. Para os laboratórios de informática, foram entregues 500 computadores novos, na ação Revitaliza Laboratórios. A Gestão adotou como diretriz que os computadores fossem entregues para os espaços coletivos, como laboratórios para estudantes de graduação e pós-graduação, atendendo às necessidades de um maior número de pessoas. As bibliotecas também receberam investimentos. A Biblioteca Central precisou de recuperação do telhado e de novos equipamentos de climatização. Além disso, revitalizamos dois laboratórios, sendo destinados 24 computadores para o espaço Via Pesquisa e 16 máquinas para Centro de Inclusão Digital (CID). Também reestruturamos as bibliotecas setoriais, comprando livros novos, principalmente para os cursos que estão em protocolo de compromisso junto ao MEC para

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adequar os itens que foram verificados como deficientes nos processos de avaliação, assim como aquisições para o acervo bibliográfico dos cursos novos. A partir de uma iniciativa da nossa gestão, no sentido de fomentar a política de eficiência energética, com a implantação de um sistema de energias alternativas e sustentáveis na universidade, formamos um GT com a participação de pesquisadores da área e submetemos projeto para concorrer num edital da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O nosso projeto foi aprovado sem restrições ficando em quarto lugar no geral, de um total de 11 projetos. Não podemos esquecer de destacar a realização da Bienal Internacional do Livro, dando ênfase aos 200 anos de Alagoas com homenagem a três expoentes alagoanos: Sávio de Almeida, Dirceu Lindoso e Élcio Verçosa, além da participação dos movimentos sociais e do lançamento da Rádio Bienal. Foram muitas as ações empreendidas em 2017, o leitor poderá relembrá-las nas páginas que seguem. Por fim, ressaltamos a importância de defender a Universidade Pública, já que 2018 será um ano que exigirá mais lutas por essa causa. É o povo alagoano e brasileiro que sustenta essa instituição. É por esse povo que devemos trabalhar dia a dia, com serviços de qualidade e produção de conhecimento que se traduza em melhoria da qualidade de vida para todos. Vamos defender a universidade pública e gratuita! Valéria Correia e José Vieira da Cruz

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GRADUAÇÃO

Novas ações estimulam maio estudantes na Universidade Fóruns, encontros e seminários voltados para os discentes movimentaram os três campi da Ufal em 2017 Thamires Ribeiro - estagiária de Jornalismo

Centenas de estudantes também tiveram outra chance para concluir a graduação

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Dentre os vários seminários, encontros e fóruns realizados para a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Alagoas em 2017, a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) investiu na maior participação dos estudantes. Ações como a realização da Calourada Solidária; institucionalização de editais de estágios obrigatórios e não-obrigatórios exercidos na Ufal; ampliação do seguro acadêmico e encontros de monitores e estudantes do Pro-

grama Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), do InterPet (Grupos do Programa de Educação Tutorial – PET) e do PET-Graduasus (PET-Saúde) marcaram o ano dos discentes dos três campi da Ufal. De acordo com a pró-reitora, Sandra Paz, o maior desafio de 2017 para a Prograd foi a aprovação, feita pelo Conselho Universitário da Ufal (Consuni), da Resolução


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or participação dos n°13/2017, que consistia em regularizar as pendências acadêmicas de estudantes que estavam caminhando para um futuro desligamento da Instituição, garantindo que eles pudessem concluir o curso. Essas iniciativas, assim como outras realizadas por meio da parceria entre Prograd, DRCA e coordenações dos cursos, têm sido fundamentais para o aumento da taxa de diplomação no âmbito da graduação, com 2.723 estudantes diplomados em 2017, 203 a mais que no ano anterior. “A Universidade cumpre seu papel quando o estudante, de fato, se forma. Quando há evasão e retenção, a Universidade deixa de cumprir a sua função”, declarou a pró-reitora. E complementou: “A Universidade cumpre a sua função social quando ela devolve para a sociedade estudantes qualificados e aptos a se inserir no mundo do trabalho”. O reflexo da ação foi que 900 estudantes aptos demonstraram interesse em concluir a graduação e assinaram o Termo de Ciência e Concordância para cumprir a nova chance. Focando em contribuir com a saída satisfatória dos estudantes concluintes dos diversos cursos de graduação que a Ufal oferece, a Procuradoria Educacional Institucional (PEI) realizou seminários que es-

clareceram os pontos essenciais e as dúvidas que os estudantes possuem em relação ao Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes 2017 (Enade). Além de realizados nos três campi, os seminários aconteceram nos três turnos, para que todos os estudantes da Universidade, sobretudo os concluintes, pudessem ser contemplados.

Assinaram o Termo de Ciência e Concordância da Resolução 13/2017:

Cerca de

900

estudantes

Diplomados em 2017

2.723

Diplomados em 2016

2.520

Diplomados em 2015

2.128

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Estudantes contribuindo com a Ufal No ano de 2017, por meio da Prograd, foram institucionalizados editais de estágios obrigatórios e não-obrigatórios na Ufal, tornando a universidade um campo de preparação profissional. A iniciativa resultou em 52 estagiários presentes nos setores administrativos. Além de atuarem na área de formação, os estagiários podem contribuir para o desenvolvimento da instituição da qual fazem parte. Esse fato contribuiu grandemente para a reorganização do arquivo setorial do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA). “Demos continuidade ao trabalho iniciado em 2016 ampliando as ações quanto à reestruturação do arquivo do ponto de vista da organização, da classificação e da preservação dos documentos, trabalho este que tem contado com a participação de estagiários oriundos dos editais da Prograd”, alegou Rosana Sarita, diretora do DRCA. O trabalho também aconteceu em parceria com o Centro de Pesquisa e Documentação Histórica da Ufal (CPDHIS) no suporte para o desenvolvimento do projeto de digitalização do acervo permanente.

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BIBLIOTECA

Livro à mão e online: mais rá Sibi promoveu reestruturação em bibliotecas setoriais e qualificou bibliotecários Sara Graziele - estagiária de Jornalismo

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ápido e descomplicado O acesso ao acervo das bibliotecas setoriais da Universidade Federal de Alagoas ficou mais fácil em 2017. A informação chega descomplicada graças à interligação do Sistema de Bibliotecas (Sibi) que foi concretizada. Um projeto de reestruturação já implantado em quatro cursos – Matemática, Letras, Física e Química – revitalizou os espaços para aproximar os estudantes das possibilidades de conhecimento que esses locais oferecem. Plataforma digital permite acesso ao acervo das bibliotecas setoriais

Assim como já acontece na Biblioteca Central, os estudantes agora podem conferir os exemplares de livros disponíveis nas setoriais diretamente pela plataforma Pergamum. E, online, também é possível solicitar empréstimo ou renovar o prazo de devolução. O objetivo é que o projeto atenda às outras bibliotecas situadas no Campus A.C. Simões e nos campi fora de sede. “É um caminho para a gente conseguir integrar todas as bibliotecas do sistema e atender melhor todos os cursos de graduação e pós-graduação nos quais elas se encontram”, explicou a diretora da BC, Cristiane Estevão, sobre a reestruturação iniciada este ano. “Melhora a democratização ao acesso à informação, o atendimento às necessidades informacionais dos usuários e o suporte”, completou.

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Maior acervo em local adequado Com a expansão do acervo da Universidade surgiu a necessidade de criar as bibliotecas setoriais e descentralizar o material disponível. Além da consulta virtual, esses locais receberam uma reestruturação física, onde foram descartadas edições deterioradas, os exemplares foram reorganizados, e uma limpeza realizada para reaproveitamento dos recursos físicos e tecnológicos já presentes nos espaços. O projeto de revitalização foi feito pelos servidores do Sibi Ufal e estagiários de Biblioteconomia, contratados por meio de edital em parceria com a Pró-reitoria de Graduação (Prograd).A Biblioteca também recebeu estagiários de Relações Públicas. Outra conquista importante para o Sibi foi o curso de capacitação oferecido pelo Portal Pergamum, por meio da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep). Vinte e quatro vagas foram oferecidas para bibliotecários dos campi A.C Simões, Arapiraca e do Sertão nos cursos Marc 21, Formatos Autoridade e Bibliográfico.

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INTERCÂMBIO

Aprimorar internamente pa com sucesso Assessoria de Intercâmbio adota medidas consistentes para pensar em passos maiores Jessyka Faustino, estudante de Jornalismo

Meta é capacitar servidores e qualificar os estudantes para intercâmbio e parcerias internacionais

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Em tempos de cortes, a Assessoria de Intercâmbio Internacional sentiu o impacto em uma das suas principais vias de internacionalização: a mobilidade e o intercâmbio. “Nós tivemos uma queda nos financiadores de convênios que a Universidade faz anualmente. Tínhamos 16 bolsas no ano anterior

e em 2017 só tivemos quatro, o que já é um golpe duro”, relata o coordenador do setor, professor Aruã Lima. O gestor ressalta que usou esse momento de dificuldade como oportunidade de desenvolver e reforçar os outros caminhos que a as-


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ara internacionalizar

sessoria tem para conseguir o êxito através de ações voltadas para o próprio ambiente acadêmico. “O que nós escolhemos este ano foi uma iniciativa chamada ‘Internacionalização Prudente’, que é incentivar a criação de um ambiente mais favorável para a Universidade no mundo”, explica Aruã. João Anyways, estudante do 8º período de Letras - Inglês é colaborador do Núcleo de Línguas (Nucli) da Ufal e conta um pouco dos objetivos como professor do projeto. “O contato com estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e servidores técnico-administrativos me fez refletir sobre as relações estabelecidas entre estes setores dentro da Universidade. O projeto permite que, em uma mesma sala de aula, todos - graduandos, docentes, etc - sejam iguais e busquem juntos o aprendizado”, expõe João. A Ufal aderiu ao programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) em sua totalidade, implementando as línguas francês e espanhol além do português para estrangeiros, so-

mando-se à língua inglesa, que já era ofertada. Agora, todo o setor está concentrando esforços para a abertura de uma turma piloto de línguas presenciais no Campus do Sertão, em Santana do Ipanema, para o início de 2018. João ainda explica como essa iniciativa oferece muito mais que o aprendizado de uma nova língua: oportuniza uma experiência de interação e vivência. “Ser professor do Nucli-Ufal tem sido uma experiência enriquecedora em muitos sentidos. Através do projeto, pude pensar e repensar o meu papel enquanto professor e as implicações do fazer docente na construção de melhorias para a sociedade. O Nucli, apesar de ser um projeto de idiomas, não tem caráter apenas linguístico, mas também sociocultural”, destaca o colaborador.

Parcerias e inspirações A ASI está estreitando o relacionamento com a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) para que os servidores técnicos recebam treinamento apropriado para auxiliar estudan-

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tes no momento da volta da mobilidade, no processo de reinseri-los na rotina da Universidade e dos seus cursos, sem danos. Segundo Aruã, o setor realiza visitas técnicas e faz relatórios sobre assessorias mais estruturadas, citando a da Universidade do Porto, em Portugal, e as universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Pernambuco (UFPE) como inspirações para melhorias. Ainda visando o processo de fortalecimento no exterior, a Ufal sediou o 21º encontro da Associação Brasileira de Educação Internacional, que aconteceu durante a 8º Bienal Internacional do Livro. No encontro foi produzida uma carta expondo as especificidades da região Nordeste para o Plano Nacional de Internacionalização, que começou a ser debatido pela Capes. A ASI estabelece o diálogo e a política com cerca de 60 instituições de ensino, institutos de pesquisa e órgãos governamentais – como agências de fomento, embaixadas e consulados em 22 países.

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POLÍTICA ESTUDANTIL

A assistência estudantil atua democratização da educação Editais de bolsas e auxílios viabilizam permanência na vida acadêmica

O Projeto RU Ágil reduziu o tempo do usuário na fila e melhorou o atendimento à comunidade (Foto: Renner Boldrino)

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a como ferramenta para a o superior pública Políticas de assistência estudantil figuram como um dos eixos estruturantes para a expansão do acesso ao ensino superior público no Brasil. A importância de prestar essa assistência aos estudantes é fundamentada por dados revelados pela 4ª edição da Pesquisa de Perfil dos Discentes de Instituições Federais de Ensino Superior: no Nordeste, 76% dispõem de renda familiar de até 1,5 salário mínimo, sendo que em 45% desses casos o valor total não ultrapassa meio salário mínimo. Considerando esse cenário, mesmo em um contexto de contingenciamento de recursos e com 2,7% de corte orçamentário em relação ao ano anterior, o apoio estudantil permanece como uma prioridade da gestão da Universidade Federal de Alagoas. O número de bolsas e de auxílios concedidos foi ampliado, alcançando 5.982 estudantes em situação de vulnerabilidade social, além de 562 outros contemplados pela Bolsa Permanência, que inclui estudantes de cursos com carga horária integral, indígenas e quilombolas. Por ser uma gestão que compreende o papel da insuficiência de recursos financeiros na evasão

e retenção escolar, o pagamento de bolsas se tornou uma prioridade e é realizado imediatamente após os repasses do Ministério da Educação. Isso, em concomitância com a execução orçamentária da totalidade de recursos em 2016 e 2017, resultou no fim do atraso das bolsas estudantis existente no passado. Ao longo do ano, foram nove editais e uma chamada pública para as distintas modalidades de auxílio financeiro. Além disso, a Pró-reitoria Estudantil (Proest) vem implementando e aperfeiçoando ações que garantam uma permanência de qualidade na vida acadêmica com programas voltados para saúde, apoio pedagógico, inclusão digital, acessibilidade, apoio à cultura e ao esporte universitário.

RU Ágil e Restaurantes em Arapiraca e no Sertão A qualificação do atendimento no restaurante universitário (RU) com a diminuição do tempo na distribuição das refeições, no Campus A. C. Simões significou o cumprimento a uma pauta estudantil de longa data. O Projeto RU Ágil consistiu na readequação do espaço físico, com aquisição de balcões

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térmicos dando condições ao atendimento self-service para reduzir o tempo do usuário na fila e melhoria no atendimento. A conquista de melhorias no funcionamento do restaurante universitário do campus A. C. Simões ocorreu ao lado do acompanhamento de processos para abertura dos restaurantes universitários nas sedes dos campi Arapiraca e Sertão. As inconsistências construtivas foram reunidas em relatório com apresentação das inadequações e problemas de infraestrutura nas instalações dos dois RUs, com encaminhamento para notificação das empresas responsáveis pela construção. Confirma-se o compromisso de ampliação do acesso com a abertura destes restaurantes com condições adequadas. De acordo com a pró-reitora Estudantil, Silvana Medeiros, a priorização de políticas estudantis visa garantir o amplo direito à educação superior. “Em ação conjunta com as demais pró-reitorias e Unidades Acadêmicas, a Proest trabalhará para estruturar ações nas áreas de saúde, apoio pedagógico, cultura e esporte e promover debates de temáticas de interesse da comunidade estudantil”.

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EXTENSÃO

Uma orquestra que toca a vid O novo equipamento cultural da Ufal é um dos destaques de 2017 como ação extensionista de formação Letícia Sant’Ana - estagiária de Jornalismo

Equipamento cultural é extensão do trabalho em sala de aula (Foto: arquivo Opufal)

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A jovem Elizama Balbino, de 20 anos, sempre foi apaixonada por música, mas não sabia como se inserir nesse meio. “Na minha famí lia não tinha ninguém que estudasse música”, contou a menina sobre o início difícil de um percurso que precisou enfrentar críticas e preconceito. “Dizem que não tem futuro e acham que somos preguiçosos. Com o apoio dos meus pais e dos meus amigos estou lutando para conseguir realizar meu sonho de seguir na música”, disse, determinada. Elizama é uma das alunas

da Escola Técnica de Artes (ETA), que está mudando sua história a partir de uma oportunidade na Orquestra Pedagógica da Ufal (Opufal). A criação da Opufal, que estreou em 2017, foi uma ação idealizada dentro da reestruturação da Orquestra Sinfônica. A proposta é ter um espaço de formação musical instrumental coletiva. “A ideia é que a Orquestra não seja apenas um equipamento de difusão, como vinha sendo antes, mas como um


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ida equipamento, antes de tudo, pedagógico e formativo, que leva a cultura para a população alagoana”, afirmou a pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque. Para Elizama, a reestruturação da Orquestra permitiu que os estudantes da ETA pudessem praticar o que estudam durante os semestres. “A criação da Opufal também permite que as pessoas que estão querendo começar a estudar música tenham mais possibilidades de fazer parte de uma orquestra, o que em Alagoas é algo muito difícil”, afirmou. À frente desta nova fase da OSU estão duas mulheres: as regentes Miran Abs e Débora Borges, professoras da ETA, responsáveis por criar a proposta desse espaço educativo musical e por descobrir talentos que só precisam de uma oportunidade. Foi assim que Elizama embarcou na Opufal. Depois de ser convencida pela professora Mirian a fazer a prova técnica, a jovem agora já pode se formar na área que ama, assim como todos os estudantes que vislumbram uma chance nesse projeto de extensão da Ufal.

Ações voltadas para toda a comunidade Essencial para sustentar o tripé ensino, pesquisa e extensão da

Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Pró-reitoria de Extensão (Proex) colocou em prática no ano de 2017 algumas ações que vêm contribuindo para a formação dos estudantes, servidores e comunidade em geral. Outro destaque foi a oferta de formação para servidores do Sistema Único de Assistência Social (Suas), através do CapacitaSuas. “Após quatro anos, conseguimos, através de uma concorrência pública, ofertar esses cursos para profissionais dos 102 municípios alagoanos, com formações em Maceió, Arapiraca e Delmiro Gouveia, congregando mais de dois mil trabalhadores. Isso representa um diálogo com a sociedade muito significativo”, explicou. Nos esportes, o programa Cultura Corporal, Esporte e Saúde culminou com a reabertura da academia na Universidade, que planeja ainda outras ações para ampliar a oferta de práticas para melhor convivência. “Temos projetos em Arapiraca com a Capoeira e a Ginástica Circense. E, em Maceió, além da academia, temos a sala de cuidados com yoga e práticas corporais alternativas para toda a comunidade”, afirmou Joelma. Em fevereiro de 2017, a Proext

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incorporou o projeto de Extensão Abi Axé Egbé, coordenado pelo professor de História do Campus do Sertão, Gustavo Gomes, como equipamento cultural da Ufal. A pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque destacou o protagonismo dos integrantes do Abi Axé Egbé na elevação da humanidade, “ao construir espetáculos com base em uma estética humanizadora, de acesso livre à comunidade, cujo início e fim descendem de processos socioeducacionais através de ações de extensão”, relata o documento de criação do primeiro equipamento cultural da Ufal no interior. A Proex tem como objetivo planejar e coordenar as políticas de extensão e atividades artístico-culturais a partir de programas, ações, cursos e serviços especiais. Cabe à Pró-reitoria articular parcerias com instituições externas à Universidade que permitam maior alcance de suas atividades por meio da ampliação dos recursos humanos e materiais necessários, assim como incentivar ações que atendam às demandas da sociedade. O Museu Théo Brandão, a Pinacoteca Universitária, as Casas de Cultura e a Usina Ciência são alguns dos equipamentos presentes na sua estrutura administrativa.

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PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Vitrine científica para o Bras Ufal se prepara para receber um dos maiores eventos de divulgação científica da América Latina Danielly Santos – estudante de Relações Públicas

As pesquisas da Ufal serão apresentadas num dos maiores eventos científicos da América Latina

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Foco no planejamento de um grande e importante evento. A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Ufal iniciou em 2017 o envolvimento com a organização da 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para a Ciência (SBPC). A edição em Minas Gerais contou com a participação de representantes da Propep com atenção voltada à responsabilidade de sediar o próximo evento.

E lá em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais, a Ufal já mostrou o potencial no incentivo à ciência com 39 trabalhos acadêmicos indicados para reapresentação na Jornada Nacional de Iniciação Científica (JNIC). Após esta etapa, a coordenação do evento premiou dois trabalhos e concedeu Menção Honrosa a outros seis. Esses frutos colhidos são resulta-


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sil e o mundo do do apoio e fomento na área de ciência e tecnologia, que acumula números positivos contabilizados pela Propep. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Ufal (Pibic) destaca um salto quantitativo e qualitativo na produção científica que a Universidade tem experimentado. Em 2017, em virtude da grande demanda de projetos, a cota Pibic foi ampliada de 300 para 360 bolsas, totalizando, atualmente, 804 bolsas ativas de Iniciação Científica.

Pibic

vimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) concentra 98 bolsistas e 50 colaboradores ao longo do ciclo. E como passo essencial para o Programa de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo da Propep (Pite), foi implementado o Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen). Esse é um importante instrumento para auxiliar o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen) na gestão da área e do conhecimento tradicional associado, que foi conhecido após capacitação e curso introdutório ao corpo técnico do setor.

É patrimônio nosso

A cota Pibic foi ampliada de 300 para 360 bolsas,

totalizando

804

bolsas ativas de Iniciação Científica

Já o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvol-

Ao longo de 2017, o Pite contabilizou 22 pedidos de Patentes de Invenção, dois processos junto ao Tratado de Cooperação de Patentes, duas solicitações de registro de Programas de Computador, e dois registros de Desenho Industrial.

Celeridade com transparência O pró-reitor Alejandro C. Frery conta que a Propep tem avançado na sistematização e informatização dos diversos processos. Em

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particular, destaca a progressiva implantação do Sistema Integrado de Gestão (SIG), que dá transparência, celeridade e economia à tramitação de protocolos.

Oportunidades oferecidas O edital de Apoio a Publicações Científicas contemplou diversos trabalhos produzidos na Universidade. Docentes tiveram a possibilidade de realizar intercâmbios de curto prazo na Università di Pavia (Itália, fundada no Século 14) em todas as áreas do conhecimento com recursos da universidade em questão. E a Propep participou ativamente, junto com a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep), na construção do edital de Professores Visitantes na Pós-graduação, que permitirá a cada Programa contar com um novo docente para consolidar as atividades de pesquisa.

Apoio por experiência A Propep também implantou um programa de acompanhamento de propostas de novos Programas de Pós-graduação. Os interessados que solicitaram receberam apoio presencial e remoto, visando à qualidade do preenchimento do Aplicativo de Proposta de Cursos Novos (APCN/Capes).

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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Humanização para pacientes qualidade de vida para oncoló Importante equipamento será viabilizado com apoio financeiro do Ministério da Saúde Izadora Garcia – relações públicas

Cuidados paliativos com carinho são feitos em pacientes terminais (Foto: Renner Boldrino)

O ano de 2017 foi marcado por diversas conquistas no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), que é referência em alta e média complexidade em Alagoas. O destaque foi para o setor oncológico. A ala ganhou 14 novos leitos, aumentando a capacidade de realizar internações. Para Antonioni Melo, de 22 anos, paciente desde julho, o aumento no número de vagas significa uma

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maior chance de vencer o câncer. “Eu descobri a doença em julho e disseram que eu tinha que arrumar uma vaga aqui ou na Santa Casa. Consegui aqui dois dias depois. A gente nunca espera um resultado desses, parar a vida por um tratamento. Eu passo muito tempo aqui, mas temos apoio. Alguns projetos passam, estudantes vêm cantar, conversar. Os psicólogos visitam também, o tratamento é explicado, isso ajuda a aceitar melhor”,


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es terminais e mais lógicos reflete o aluno de Engenharia de Produção, em tratamento. O Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, Cacon, que faz cerca de 1,5 mil atendimentos por mês, implantou o serviço de pronto-atendimento em março. De acordo com Regina dos Santos, superintendente do HUPAA, essa nova modalidade é um avanço, pois além de garantir cuidados aos pacientes, também representa economia para o hospital. “É um alívio. Muitas pessoas recorrem ao pronto-atendimento e isso diminuiu muito a necessidade de internamentos”, ressalta. Apesar das restrições impostas por cortes nos investimentos em educação e saúde, a oncologia do HU comemora uma grande vitória: a sinalização positiva do Ministério da Saúde para a aquisição de um novo acelerador linear. Com ele, será possível triplicar a capacidade de realizar tratamentos radioterápicos no hospital. De acordo com a superintendente, o processo para obter o equipamento foi longo e complicado. “Primeiro, foi necessário levantar

o quantitativo de atendimentos em radioterapia. Não eram tantos quanto a gente gostaria e nem tantos quanto a população precisava. Então, começamos a medir tempo. Quanto tempo leva do diagnóstico ao início efetivo do tratamento? Os aceleradores atuais são computadorizados, o que reduz essa espera. E o que isso significa? Sobrevida”, explicou.

uma serenata para a mulher que ele amava, a esposa, e ele nunca fez porque nunca teve a oportunidade. Nas vésperas de se despedir da vida, o grupo de cuidados paliativos promoveu a serenata e ele conseguiu cantar para a mulher dele. Foi um momento muito bonito”.

O hospital não participou da concorrência inicial pelo acelerador linear, entretanto, por dispor de todos os requisitos, o pedido de adesão posterior foi acatado pelo Ministério da Saúde.

O ano também foi bastante produtivo para as práticas de ensino, pesquisa e extensão. Estagiários de Engenharia e Arquitetura foram recebidos no HU, e a expectativa é de que em 2018 outros cursos também façam parte do quadro discente. Além disso, a Jornada Acadêmica do HUPAA, que está em sua terceira edição, possibilita a interação e o compartilhamento do conhecimento produzido dentro do hospital.

Cuidar com carinho O projeto de cuidados paliativos é outro orgulho para o Hospital Universitário. O objetivo é levar qualidade de vida aos pacientes terminais, fragilizados, com a ajuda de uma equipe multiprofissional. A humanização dos cuidados tem sido uma das grandes tônicas do hospital. A gestora narra um episódio ocorrido que emocionou bastante a equipe durante a comemoração do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos: “Era um paciente que estava em fase final de câncer e o sonho da vida dele era ter feito

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Aprender com excelência

“Não queremos negar que o Hospital Universitário passa por dificuldades, mas posso dizer que a equipe que faz o hospital funcionar é maravilhosa. A ela se deve todos os agradecimentos, ou seja, a todos os estudantes, profissionais e professores que aqui desenvolvem suas práticas”, finaliza Regina.

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GESTÃO INSTITUCIONAL

Mudanças necessárias por q e mais transparência Ações de redução de custo também deram resultados positivos Carlos Madeiro - jornalista

Mudança estrutural na Proginst integrou dois setores e gerou eficiência no trabalho

O ano de 2017 foi marcado por uma reestruturação importante na Pró-reitoria de Gestão Institucional (Proginst), que passou a incorporar novos serviços da Universidade. A transparência também foi um alvo da gestão da pasta nos últimos meses. A ação mais significativa veio com a integração de dois setores que até então faziam parte da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra),

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referentes a compras e contratos da Ufal. “São dois processos vitais e que, historicamente, apresentavam problemas. A gestão desses setores ficava afastada de áreas que precisam dialogar com compras e contratos, o que foi corrigido agora”, diz o pró-reitor Flávio Domingos. A alteração estrutural teve início


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qualidade nos serviços

ainda em 2016, mas foi aprofundada no segundo semestre de 2017. A mudança também contou com a ampliação física do setor, que passou por obras para receber 20 novos servidores para atuar nessas áreas. “O que a gente pretende com isso é dar mais celeridade, mais eficiência nas compras e na gestão dos contratos”, explica Domingos. Outro destaque na Progisnt em 2017 foram as melhorias e criação da página na Internet da Carta de Serviços da Ufal, em maio. “Houve uma melhoria nessa carta ao cidadão lançada em 2016. Ela foi aperfeiçoada este ano. E também criamos essa plataforma digital, que facilita muito o acesso de todos”, destaca. A página está disponível no endereço: servicos.ufal.br. E pensando no acesso à informação, pela primeira vez a Universidade realizou o Dia da Transparência, evento que apresentou ações dirigidas a gestores da Universidade Federal de Alagoas. Dentro dessa visão, foi lançado também

no portal o “Ufal em números”, disponibilizando dados de todas as áreas da Universidade. Também não se pode falar de 2017 sem levar em conta a redução orçamentária que as universidades federais passaram. “A Gestão como um todo, coordenada pela Proginst, atuou no sentido de adequar seus gastos, evitando que incorresse em queda de qualidade ou redução de serviços”, explica Domingos. Nesse sentido, a Proginst ofereceu um curso de formação aos gestores de programas orçamentários. A ideia foi capacitá-los para um melhor planejamento e execução dos orçamentos que gerenciam. “E isso mostrou resultados positivos”, conclui Domingos. Para 2018, a previsão é de que os recursos sigam escassos. “A gente avalia que essa crise vai perdurar por um certo período. Então, estamos adotando ações para executar, ao máximo, o orçamento que vem para Ufal”, finaliza.

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Eficiência energética GT Energias trabalha pela redução de custos e projeto aprovado garante:

+ de R$

2 milhões para eficiência energética

sendo:

R$

1milhão

para investimento em pesquisas

R$

826,54 mil

para construção de miniusina solar

em 20 anos

economia de

1,6milhão R$ 133,3 mil R$

para lâmpadas de LED

em 12 anos

economia de

R$

406mil 23


GESTÃO DE PESSOAS E DO TRABALHO

Servidores cada vez mais pre Desenvolvimento humano foi o foco do trabalho em 2017 Diana Monteiro - jornalista

Servidores receberam incentivo financeiro para participar de eventos externos e cursos

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Pertencer ao quadro de recursos humanos de uma universidade significa também ter a oportunidade de ampliar os horizontes profissional e pessoal. Em consonância às políticas de desenvolvimento dos servidores, a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) marca 2017 com avanços visando inserir, expandir e valorizar os segmentos técnico-administrativo e docente em atividades de interesse para o crescimento qualificado.

A pró-reitora Carolina Abreu destaca que as ações foram direcionadas para o desenvolvimento humano e priorizaram a qualidade de vida do servidor. “A positividade, conectada com o que rege o compromisso da atual gestão com a área, proporcionou avanços, inclusive extrapolando as metas. Entre eles, a modificação no Plano Anual de Capacitação e a institucionalização, com portaria da reitora, do Programa de Capacitação. Valendo, também, destacar a discussão com as unidades acadêmicas a res-


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eparados e reconhecidos peito da instrução normativa que regulamenta o controle dos técnicos e a flexibilização da jornada de trabalho”, enfatiza a pró-reitora. Em 2017, a Progep lançou editais voltados à participação de servidores em eventos, colaborou na implantação da política de professores visitantes e na definição de cotas para a inclusão do segmento técnico-administrativo nos programas de mestrado e doutorado da Universidade. O curso de preparação para o ingresso de servidores em programas strictu sensu, além de preparação para o Teste Anpad, de acesso ao Mestrado Profissionalizante em Administração Pública, é outra ação que marcou a área. “O trabalho é contínuo para cada vez mais consolidar uma Política de Recursos Humanos na Ufal baseada em critérios claros e isonômicos”, destacou Carolina.

Qualidade de vida e ações sociais Fazendo parte de suas ações, em 2017, a Progep realizou, com parcerias, o 1º Simpósio de Prevenção de LER e Dort; o Fórum de Saúde Mental para prevenção do suicídio, a 2ª Caminhada e Corrida na Ufal e o Circuito Saúde Arapiraca. Para um debate sobre as demandas

sociais e de resgate à cidadania, foram lançados o Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, Racismo e Homofobia na Ufal e uma Cartilha sobre Assédio Moral e Sexual na Instituição. Já com foco na preparação do servidor para o encerramento das atividades funcionais, outra ação marcante foi a realização do 1º Seminário de Educação para a Aposentadoria. A estreia do Cine Ufal Cultural, iniciativa da Progep, levantou a discussão sobre a questão indígena no Brasil.

Ações do DAP dinamizam atendimento ao servidor A implantação do Módulo Boletim de Serviços, que faz parte do Sistema SIG, agilizou a publicação dos atos da Administração Pública, atendendo de forma mais ampla, ao princípio da publicidade. O Departamento de Administração de Pessoal (DAP) também digitalizou todos os processos referentes a cumprimentos de ações judiciais que envolvem a área de pessoal da Universidade. “Destaco, ainda, a elaboração de um manual sobre direitos e deveres básicos para os novos servidores, facilitando a elucidação de possíveis questionamentos e orientações pelo Departamento e a redução dos prazos para a conclusão

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dos processos de aposentadoria, abono e pensão”, disse Frederich Ebrahim, diretor geral do DAP. Também houve uma reformulação de todos os formulários sob a responsabilidade do setor para facilitar a compreensão dos dados e documentos necessários, esclarecendo o caminho de cada processo administrativo. Entre as mudanças empreendidas pelo DAP em 2017, os procedimentos de inclusão de dependentes, auxílios funeral e natalidade se tornaram virtuais. Como aliado ao trabalho de estruturação de recursos humanos, a Ufal conta com o apoio administrativo do Núcleo Executivo de Processo Seletivo (Neps/Copeve), responsável pelo planejamento, execução e acompanhamento das seleções. Em 2017 a Copeve realizou 12 concursos, para os segmentos técnico e docente da Universidade, além de seleções de cursos de pós-graduação e a organização e execução de duas especializações. O órgão também conduz o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) da Ufal, o vestibular para Educação a Distância (EaD), Residência Médica, Residência Multiprofissional, Reopção de Cursos e Transferência Externa.

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INFRAESTRUTURA

Um ambiente mais humano, Infraestrutura da Ufal superou obstáculos em ano de cortes Cairo Martins - estagiário de Jornalismo

Organização nos campi deixa ambientes mais agradáveis Foto: Renner Boldrino)

As metas foram traçadas para superar a redução orçamentária imposta pelo Governo Federal e atender a comunidade acadêmica e sociedade em geral. A Superintendência de Infraestrutura da Ufal (Sinfra) não cruzou os braços e alcançou conquistas que vão perdurar entre gerações. Comandada pelo professor Dilson Ferreira, a Sinfra conseguiu entregar novas obras, realizar manu-

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tenções e outros serviços durante todo o ano. O superintendente de infraestrutura destaca que o setor agiu alinhado com a Gestão Central da Universidade garantindo bons resultados. Desde o início de 2017, a prioridade foi atender as demandas cumprindo os prazos. Obras que estavam inacabadas, devido à falta de recursos, foram entregues gradualmente e de forma descentralizada,


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, harmonioso e acolhedor

nos campi A.C. Simões e Arapiraca, com abrangência em suas unidades. Em Maceió, foram entregues os novos blocos do Instituto de Ciências Sociais (ICS), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e o novo Laboratório de Estruturas e Materiais (Lema). A Residência Universitária Alagoana (RUA) também ganhou mais duas casas com 11 quartos. Os estudantes de Comunicação também ganharão um novo local para aulas e atividades. Já no Campus Arapiraca foi entregue um prédio novo para os cursos de licenciatura e a piscina semiolímpica. A Unidade Educacional (UE) de Penedo ganhou pavimento superior na Escola Municipal Manoel Soares, que atende aos cursos de Engenharia de Produção e Sistemas de Informação. “Os grandes beneficiados com as obras são os estudantes e os professores, pois o objetivo da Gestão é dar melhores condições de ensino e o foco é esse”, destaca o superintendente Dilson Ferreira.

Por mais conforto e qualidade nos estudos Foi pensando num melhor desempenho individual do processo de

aprendizagem dos estudantes que a Sinfra restaurou todo o maquinário de refrigeração da Biblioteca Central (BC) e entregou mais de 30 novos aparelhos de ar-condicionado, proporcionando aos discentes um ambiente climatizado e com melhores condições de estudo. “Para mim é um prazer muito grande poder chegar hoje na biblioteca e me deparar com um ambiente climatizado, situação diferente a de meses atrás, onde os aparelhos de ar-condicionado estavam quebrados”, destaca Karine Cecilia, estudante do 2º período do curso de Odontologia, afirmando ainda que hoje consegue estudar com qualidade. Atrelada às ações de manutenção, também foi executada a troca de mais de seis mil lâmpadas incandescentes pelas de LED nas áreas externas como ruas, praças e corredores; e internas, a exemplo dos blocos e salas de aula. Essa iniciativa, em parceria com a prefeitura de Maceió, é uma medida de segurança e economia. “A troca das lâmpadas por LED impacta de forma direta no consumo de energia da Ufal”, ratifica Dilson.

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“Nos pontos onde houve a troca das lâmpadas e a adição de novos postes de iluminação é possível notar uma melhora significativa”, destaca a estudante Sara Graziele. Ela também aprovou a restauração das calçadas da Universidade que gera mais acessibilidade à comunidade universitária.

Universidade receptiva As metas para os próximos anos contemplam pensar na Ufal como um ambiente harmonioso, receptivo e aconchegante. Um projeto especial para isso já está perto de sair do papel, como revela o superintendente da Sinfra, DIlson Ferreira. “Até a metade de 2018, acreditamos já ter um contrato de jardinagem com média de 25 jardineiros. Pretendemos transformar os pátios colocando um jardineiro para cuidar daquele espaço. Para que as pessoas andem e percebam uma ambientação, com plantas e flores”, adianta o superintendente, e ressalta: “Se conseguir fazer isso, vai ser o maior legado que eu tenho feito dentro da Sinfra, que é deixar a Universidade mais humana”.

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COMUNICAÇÃO

Integração e reforço na equi comunicação da Ufal Atuação do setor durante a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas foi destaque Janaina Alves – relações públicas

Equipe produziu diferentes conteúdos e projetou a Ufal na mídia

O ano de 2017 foi de muito trabalho para a Assessoria de Comunicação (Ascom) da Ufal. Sob a coordenação da professora Mércia Pimentel, o setor deu início à reestruturação da equipe e a novos projetos que buscaram melhorar o diálogo com a comunidade acadêmica e com a sociedade alagoana. A chegada de novos servidores um programador visual, uma relações públicas e dois jornalistas do Governo do Estado de Alagoas que colaboraram no segundo se-

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mestre - ajudou ao trabalho da equipe, que contou, também, com mais oito estagiários nas áreas de Jornalismo, Relações Públicas e Design, selecionados por meio de edital promovido pela Pró-reitoria de Graduação. Segundo Mércia, mesmo com algumas dificuldades, o setor conseguiu se organizar de modo a atender às principais solicitações da comunidade acadêmica. “Apesar das crescentes demandas que chegam ao setor e do quadro restrito


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ipe melhoram de servidores, a Assessoria de Comunicação conseguiu desenvolver uma comunicação efetiva com os seus públicos a partir do atendimento às solicitações de pauta, da criação de identidades visuais para setores e eventos, da produção de vídeos, das coberturas jornalísticas e fotográficas, do diálogo com a imprensa e de outros serviços, além do desafio de desenvolver alguns projetos em prol da efetivação de uma real comunicação pública”, afirma.

Mais comunicação na Bienal O setor também se orgulha da participação no planejamento e na cobertura da 8ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas, com especial destaque para a criação da Rádio Bienal, iniciativa que contou com a participação de servidores e estudantes dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas, além da parceria com o Instituto Zumbi dos Palmares, que permitiu a retransmissão do conteúdo produzido durante os dez dias de evento nas rádios Educativa FM e Difusora. Além das transmissões pela internet e pelas rádios parceiras, os ouvintes puderam baixar o aplicativo para smartphones e acompanhar a programação especial. “Isso tudo só foi possível por causa do engajamento dos servidores da Ascom, dos servidores cedidos, contratados e, sobretudo, dos estudantes

que se voluntariaram para esta atividade e vestiram a camisa do setor e do evento, mostrando que é possível atuar com competência e profissionalismo, mesmo antes de ter concluído a graduação”, completa a coordenadora do projeto, Mércia Pimentel. Para a estudante do curso de Jornalismo da Ufal e voluntária na Rádio Bienal, Lysanne Ferro, a participação na edição de 2017 deixará experiências proveitosas para a formação profissional. “Foi bem mais do que esperava [a participação], mergulhei na Bienal e ela me acalentou, foi uma vivência gratificante. Por tudo o que a Bienal é e representa, por ser construída pela Ufal e, principalmente, por ter tido a chance de fazer parte da equipe de rádio”, diz.

Outras ações importantes A Assessoria de Comunicação também desenvolveu projetos voltados para a comunicação interna. Exemplo disso é a retomada dos trabalhos da Comissão dos Portais, junto ao Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e às pró-reitorias, que visa à atualização do site institucional da Ufal. Outra iniciativa de destaque este ano é a reestruturação do boletim informativo, que passou a ser enviado semanalmente por e-mail para servidores e estudantes da instituição, com as principais informações da semana. A comunicação externa também foi contemplada com ações como

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a criação da Revista #SomosTodosUfal, que tem como objetivo divulgar as ações da Universidade para a sociedade em geral, como forma de prestação de contas do trabalho desenvolvido pela Gestão Superior em várias frentes de atuação. Além disso, o setor produziu, só no primeiro semestre, 1.658 matérias para os três portais institucionais – Geral, do Estudante e do Servidor. Foram atendidas 191 demandas da imprensa local e nacional de diferentes veículos de comunicação, dos quais geraram aproximadamente quatro mil inserções na mídia.

Números da Ascom nos 10 dias de #BienalAlagoas

97

atendimentos à imprensa

240

matérias escritas para o site

422

inserções na mídia espontânea

265 mil

acessos ao site do evento

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Resistência por mais oportun Modalidade de ensino a distância continua mudando vidas Shirley Nascimento - jornalista

Institucional de Educação a Distância (Cied). Em respeito aos estudantes dos 11 cursos oferecidos no sistema EaD junto à Universidade Aberta do Brasil (UAB), a Ufal mostrou credibilidade e transparência. Pela primeira vez, a Cied abriu edital de seleção simplificada para professores e, então, o quadro foi composto por docentes selecionados por mérito, não mais por convites individualizados.

Mais 400 vagas foram abertas nos cursos de graduação a distância da Ufal

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Os sonhos não pararam. Centenas de pessoas conseguiram acesso a uma graduação e outras tantas conquistaram um título de curso superior por meio do ensino a distância na Ufal. Foram 400 vagas abertas nos cursos de Geografia, Pedagogia, Sistemas de Informação e Química, como um suspiro nas dificuldades enfrentadas desde o ano anterior pela Coordenadoria

Mesmo nas atuais circunstâncias, de incertezas, o coordenador geral da Cied, Diego Souza, que assumiu recentemente a função, relembra o histórico de pioneirismo da iniciativa. “A EaD na Ufal tem tudo pra ser ainda maior, inclusive foi pioneira no Estado. Começou em 1998 para garantir a formação de professores que já atuavam na rede pública básica de ensino, mesmo sem ter diploma, inicialmente com licenciaturas, e depois expandiu para cursos de Administração. No momento, estamos apenas com a UAB, mas queremos reunir na Cied outras iniciativas de


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nidades

ensino a distância já em atividade na Ufal”, diz, adiantando os planos para 2018. A modalidade compõe uma escolha político-pedagógica para a democratização do ensino superior no Brasil. Sem ela, muitos brasileiros não teriam conseguido um diploma. É o caso de Fabiana Cordeiro, 33 anos, de Santana do Ipanema. Ela entrou no curso de Física EaD ofertado pela Ufal em 2009 e só pôde concluir em 2016. “Eu trabalhava e já tinha um filho, era difícil, então, ia trancando e voltando até conseguir terminar”, conta. Como já dava aulas de Matemática na rede pública por meio de contratos temporários, viu naquele vestibular uma oportunidade. “Sempre fui boa aluna de cálculo e gostava de ensinar, então foi uma grande alegria ter a chance de cursar o nível superior na minha própria cidade, e apesar de ter sido minha primeira experiência com a modalidade a distância, eu me identifiquei”, lembra. Os cursos do sistema de Ead seguem

as mesmas diretrizes dos presenciais, com a mesma carga horária e prática laboratorial, quando a área exige. “O aluno de EaD precisa ser muito disciplinado e proativo, pois apesar do suporte recebido, grande parte do sucesso de seus estudos será de total responsabilidade dele”, lembra o professor de Física EaD, Wagner Ferreira. E o número de profissionais formados, nesta área, por exemplo, é equivalente quando comparado presencial e a distância na Ufal, entregando 71 novos profissionais ao mercado desde 2007, quando começou a funcionar, informa Ferreira. Um desses é Fabiana, que trabalha em duas escolas na mesma cidade onde nasceu, estudou e mora com sua família, que cresceu, com a chegada do segundo filho. E ela não para de fazer planos. “Estou terminando no final do ano uma pós-graduação no Ensino de Física, também a distância, e quero fazer concurso para ser professora no Estado. Eu adoro ensinar”, completa. É para pessoas como a santanense Fabiana que a Cied precisa continuar fazendo o seu trabalho.

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400

vagas abertas em 2017

140

Geografia

170

Pedagogia

60

Sistemas de Informação

30

Química

1.953 + cursos

formados até 2017

Letras (Português, Inglês e Espanhol), História, Administração Pública, Matemática e Física.

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EDITORA DA UNIVERSIDADE

Livros que envolvem também Bienal de Alagoas abrilhantou 2017 para a Edufal Márcia Alencar - jornalista

Parte do cenário da Bienal foi montado na Reitoria da Ufal após o evento (Foto: Renner Boldrino)

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A Bienal Internacional do Livro envolveu e marcou. Foi a grande realização do ano da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), que junto a parceiros e apoiadores, promoveu o evento de 29 de setembro a 8 de outubro de 2017. Com o tema Livros que envolvem, leituras de libertam a Bienal começou a ser organizada mais de um ano antes, engajando a equipe da Editora e de servidores e estudantes voluntários. Muito esforço

em conjunto foi concentrado para realizar o maior evento literário e cultural de Alagoas. Esta edição contou com muitas dificuldades institucionais e orçamentárias, mas não podia deixar de acontecer. A Bienal Internacional do Livro de Alagoas já é esperada pela sociedade alagoana como apresentadora de grandes oportunidades literárias. Esse ano inovou, colocando na pauta públi-


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m deixam legado

ca uma homenagem a três grandes intelectuais do Estado; abrindo espaço para questões e debates do ponto de vista histórico-social, com temas como políticas públicas, cultura trans e outros.

Números da #BienalAlagoas

Para quem passou por lá, o sentimento foi de alegria: “Pra mim, é um grande acontecimento em um lugar extremamente carente de livros e acho que o mais importante é o movimento que ela [a Bienal] desperta nas pessoas. Espero que nunca pare e sempre encontre formas de continuar”, disse o cantor Júnior Almeida, que visitou a Bienal em três dos dez dias de evento.

visitantes

Nesse contexto, o diretor da Editora da Universidade Federal de Alagoas, Osvaldo Maciel, destaca o legado da 8ª Bienal para a Universidade e a vida acadêmica: o Pórtico do Chapéu de Guerreiro que ficará montado permanentemente no térreo da Reitoria e a Rádio Web Bienal, dinâmica inovação no evento que se transformará na Rádio Web Ufal, coordenada pela Assessoria de Comunicação. Ainda falando de Bienal e dos projetos desenvolvidos em 2017,

+ 150 mil 100 mil

livros comercializados

+ 30 mil

estudantes em grupos (escolas estaduais, municipais e particulares)

+ 250 91 70 + 30 atividades culturais

grupos da Ufal

o diretor Osvaldo Maciel ressalta o estabelecimento e a coordenação editorial do Edital de Publicação de Livros, em parceria com a Imprensa Oficial e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), com publicação de 60 livros, dos quais 30 foram lançados durante o evento; o novo formato da Coleção Nordestina com o clássico A Província, de Tavares Bastos e a coleção Pluris Alagoensis Estrela Radiosa, que editará clássicos inéditos ou esgotados de autores que tratam acerca da cultura e da formação de Alagoas. Para 2018, estão previstas novas ações para dinamizar o trabalho da Editora da Ufal, como atualização e inovações no site www.edufal. com.br, lançamentos de livros do edital da Bienal e parcerias com editoras universitárias e comerciais, que levam os livros da Edufal para várias prateleiras no Brasil afora.

sessões

atividades de grupos externos

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CAMPUS ARAPIRACA

Excelência e reconhecimento Nota máxima de Enfermagem no Enade foi celebrada e inspira metas de outros cursos Eduardo Lira - estudante de Relações Públicas

Curso de Enfermagem de Arapiraca recebeu nota 5 no Enade (Foto: Thiago Prado)

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Para coroar o longo trajeto feito desde a interiorização da Universidade, em 2006, o curso de Enfermagem da Ufal em Arapiraca foi agraciado com a nota máxima alcançada no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Com esse importante símbolo somado à avaliação in loco feita pelo

MEC, o curso atualizou seu status para o único desta área no Estado a atingir a excelência de ensino. Apesar dos investimentos orçamentários destinados à educação pública no Brasil terem entrado numa escala decrescente nos últimos anos, a comunidade acadêmi-


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to no Agreste alagoano

ca e administrativa do curso de Enfermagem de Arapiraca encontrou motivos suficientes para persistir na melhoria da qualidade de ensino e no compromisso com a formação profissional dos mais de 6 mil estudantes da Ufal no Agreste. “Mesmo em meio a uma conjuntura tão complicada e, em especial, todas as dificuldades que as universidades públicas vêm passando, obter um conceito 5 revela que ainda temos um ensino de qualidade, fruto do comprometimento de docentes, técnicos e discentes. Ter conseguido essa nota coroa nosso trabalho coletivo que, acima de tudo, é um ato de resistência em prol da Enfermagem, da saúde e da universidade pública”, comemora a coordenadora da graduação, Janaína Ferro Pereira.

Um receptáculo no meio do Agreste O curso de Enfermagem é o primeiro da interiorização da Ufal e já graduou cerca de 200 estudantes, desde a primeira colação de grau, em 2011. Atualmente, o curso recebe estudantes de todas as regiões de Alagoas e de outros estados. A formação docente contínua também tem trazido reflexos

na qualificação do curso, registrando 32 docentes do quadro efetivo entre mestres e doutores. O Campus Arapiraca passa por uma importante expansão com a chegada de mais um curso da área de saúde, o de Medicina. Atualmente, há laboratórios apenas para as disciplinas básicas de enfermagem: microscopia, parasitologia, laboratório de anatomia e fisiologia e laboratórios de habilidades. Entretanto, estão em fase de conclusão dois novos prédios, um deles, destinado a abrigar laboratórios para os cursos de Medicina e Enfermagem, viabilizando ainda mais a melhoria na qualidade do ensino, da pesquisa e extensão.

Rumo à nota máxima Neste mesmo ano, outras áreas de ensino do Campus Arapiraca demonstraram que o trabalho em conjunto no desenvolvimento de ações acadêmicas foi capaz de trazer ótimos resultados. Os cursos de Administração Pública a Distância, Agronomia, além de Medicina Veterinária, conquistaram o conceito 4 no processo avaliativo. Ao falar sobre o reconhecimento pelo MEC, o coordenador Araken

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Oliveira, à frente do curso de Administração Pública pela segunda vez consecutiva, diz considerar um passo muito importante para o atual cenário brasileiro que, segundo ele, clama por administradores públicos qualificados e capazes de encarar e contornar situações adversas. “Hoje, no estado de Alagoas, podemos afirmar que temos dentro de uma universidade pública, um curso de qualidade. É mais uma conquista para a Ufal. Aproveito para agradecer o empenho e apoio recebidos da reitora Valéria Correia, da comunidade acadêmica, de toda a equipe que integra a coordenação do curso e da direção da Feac”, frisou. Para a obtenção do conceito final 4, diversos fatores foram avaliados. “Os conceitos atribuídos em cada dimensão atesta os ótimos projetos pedagógicos dos cursos, condição fundamental para que a formação dos futuros profissionais dessas áreas seja de qualidade. Além disso, podemos destacar a excelente qualificação do corpo docente, uma característica de todos os cursos da Ufal e, a boa estrutura que os cursos apresentam”, destaca o procurador Educacional e Institucional da Ufal, Tiago Cruz.

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CAMPUS DO SERTÃO

O mundo no Sertão: o que se e reconhecido Projetos ganham projeção e levam o nome da Ufal no interior para eventos e premiações Rafaela Oliveira - estudante de Relações Públicas e Manuella Soares - jornalista

Nome da Ufal no Sertão ganha cada vez mais visibilidade fora do campus (Foto: Thiago Prado)

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faz por lá é visto

Histórias que emocionam como a do garoto do interior que venceu na vida por meio dos estudos estão cada vez comuns, graças ao acesso ao ensino superior. Personagens reais são encontrados facilmente no Campus do Sertão, da Universidade Federal de Alagoas. Eles são protagonistas de histórias de determinação e busca por mais conhecimento. A Ufal apoia a obstinação desses estudantes e dá oportunidades para os que querem trocar experiências acadêmicas. Em 2017, os discentes do Campus do Sertão acumularam conquistas nacionais e internacionais, resultado da união entre seus esforços e o trabalho realizado pelos profissionais do campus. As janelas para o mundo conhecer os trabalhos do Sertão de Alagoas estão abertas! Paloma Lorrany aproveitou essa brecha e foi destaque no 5º Seminário Internacional Enlaçando Sexualidades, apresentando um trabalho autobiográfico. A primeira estudante transexual do Campus do Sertão, graduanda em Pedagogia, mostrou sua trajetória educacional e contou sobre a adaptação ao ambiente universitário. Ela também descreveu como certas

decisões, a exemplo da aprovação do uso do nome social, feita em junho de 2016, contribuíram para sua permanência na Ufal.

Sonhos maiores que as janelas Outros projetos desenvolvidos na Ufal saíram dos debates no Campus do Sertão e também ganharam projeção em eventos externos e premiações. Com quatro trabalhos aprovados, a Unidade de Santana do Ipanema levou até a 18ª Conferência Brasileira de Folkcomunicação pesquisas que focaram a riqueza cultural, associativa e econômica do Sertão alagoano. A conferência internacional tem como objetivo reunir diversos atores sociais ligados ao campo da cultura em torno da pesquisa das transformações da cultura popular e dos processos de comunicação nas manifestações populares. Já um projeto voltado para a criação de um Biodigestor para o tratamento de resíduos sólidos ganhou o 2º lugar no programa Em Ação, idealizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) com apoio da Ufal e do Sebrae. Este último, responsável por outro importante

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concurso de incentivo acadêmico, viu de perto as conquistas de um grupo de estudantes tendo como um dos integrantes um estudante de Engrenharia Civil do Campus Sertão. Yury Reis passou pela etapa estadual e foi a Brasília, com sua equipe da Ufal, participar da etapa nacional do Desafio Universitário Empreendedor. Esse concurso já revelou outros talentos, como as ex-alunas de Ciências Econômicas, em Santana do Ipanema, Danessa Rafaella e Rayane Silva de Oliveira. As amigas inseparáveis deixaram Alagoas em 2017 depois da aprovação no mestrado da Universidade Federal de São Carlos. Elas também viram um mundo enorme pela janela e estão buscando realizar seus sonhos. “Ter mais conhecimentos de assuntos que fazem parte da minha formação, estudar com profissionais reconhecidos nacionalmente e, principalmente, dar o meu primeiro passo para construção da minha carreira acadêmica me deixa muito entusiasmada e realizada por saber que estou conseguindo, aos poucos, tudo aquilo que sonhei e lutei pra ter”, descreveu Rayane.

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ENTREVISTA COM A REITORA Lenilda Luna - jornalista

Desafios e avanços deste seg Valéria Correia, reitora da Ufal (Foto: Thiago Prado)

A universidade gratuita é importante para toda a sociedade. Em especial, para os trabalhadores de baixa renda, que podem se beneficiar do conhecimento produzido numa universidade socialmente referenciada, ou seja, comprometida com a pesquisa científica e a formação de profissionais voltados para a melhoria das condições de vida da maioria da população. Finalizando o segundo ano de gestão, a reitora Valéria Correia reafirma o compromisso da equipe em defesa da universidade gratuita, pública e de qualidade.

Lenilda Luna (LL) - Qual a posição da Gestão da Ufal a respeito da cobrança de taxas aos estudantes? Valéria Correia (VC) - A gratuidade é uma bandeira a ser defendida nesse contexto atual, no qual já existem projetos de lei em discussão para cobranças na pós-graduação e na graduação também. Inclusive, o Relatório do Banco Mundial, lançado em novembro passado, sugere que seja adotado um sistema similar ao Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] nas universidades públicas. A alegação é a de que os estudantes das universidades públicas são da classe média e alta e podem pagar mensalidades, mas essa é uma premissa falsa. Os dados do Fonaprace [Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis] revelam que 87% dos estudantes de universidades do Nordeste são de famílias com renda per capita de até dois salários mínimos. A quebra da gratuidade faz parte de um rol de ataques e tentativas de desqualificar a universidade pública brasileira. A saída apresentada pelo atual governo é o desmonte dos serviços públicos para o pagamento da dívida pública. Os ricos devem pagar impostos através de uma reforma tributária progressiva com taxação das grandes fortunas, da movimentação do próprio mercado financeiro, dos grandes patrimônios e das grandes rendas, e não por meio de cobrança dentro da universidade.

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LL - Neste contexto de dificuldades, a Universidade vai se deparar com uma grande avaliação pelo MEC. Ela está preparada? VC – Sim, a Ufal já deveria ter passado por uma avaliação para o recredenciamento desde 2007, mas só agora esse processo foi encaminhado pelo MEC. Eu e o vice-reitor José Vieira, com os demais integrantes da nossa equipe, fizemos questão de percorrer todas as unidades acadêmicas de todos os campi para acompanhar de perto esse esforço coletivo que reforçou a noção de pertencimento a essa instituição que buscamos defender, mostrando o seu valor em termos de ensino, pesquisa e extensão com efeitos imensuráveis para o conjunto da sociedade.


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gundo ano de gestão LL - Em 2017, uma das medidas aprovadas pelo Conselho Universitário foi o estabelecimento de paridade nas eleições para as direções das unidades acadêmicas. Era uma pauta apenas da Gestão? VC - Essa era uma reivindicação dos técnicos já há algum tempo, mas a definição da regra foi adiada várias vezes por conta das polêmicas em torno da proposta. Finalmente, em 4 de setembro de 2017, o peso paritário dos votos dos três segmentos da comunidade universitária foi aprovado, para vigorar já nas eleições que foram realizadas em novembro. Docentes, técnicos-administrativos e estudantes passaram a ter o mesmo peso eleitoral, ou seja, cada segmento representa um terço do percentual dos votos válidos nas eleições de diretores das Unidades Acadêmicas. A aprovação do voto paritário ocorreu 30 anos após a Ufal realizar a primeira Eleição Direta com esse critério para o cargo de reitor, elegendo Delza Gitaí. A paridade garante o equilíbrio da participação democrática de todos os segmentos. Essa resolução é uma forma de padronizar o processo de escolha, que antes era definido em cada unidade e levando a vários questionamentos sobre a regulamentação do processo. Agora, a paridade será garantida em todas as eleições, já que essa Universidade é construída pelos três segmentos.

LL – Uma universidade socialmente referenciada precisa garantir o acesso ao ensino superior para os estudantes oriundos das camadas populares. Isso vem ocorrendo? VC - No edital do Sisu [Sistema de Seleção Unificada] de 2017, foi garantida a reserva de, no mínimo, 50% das vagas de cada curso e turno ofertadas pela Ufal, em conformidade com a Lei nº 12.711/2012. Em novembro de 2017, a comissão criada para avaliar a instituição de cotas também na pós-graduação apresentou aos coordenadores de pós-graduação a proposta de incluir negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência em todos os programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu (mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado) da Universidade. Após muito debate,

a proposta da comissão foi aprovada com apenas três votos contrários no Colegiado de pós-graduação e deve seguir os trâmites até ser apresentada para apreciação do Conselho Universitário. Na graduação, além da garantia de cotas para a seleção, existe uma política de assistência estudantil para o estudantes de baixa renda, que inclui a Residência Universitária, o Restaurante Universitário e os programas de bolsas e auxílios. Apesar do contigenciamento de recursos, mantemos o nosso compromisso com a assistência estudantil no sentido de resolver as pendências estruturais e abrir os dois restaurantes universitários dos campi Arapiraca e do Sertão.

LL - Participando ativamente das ações da Andifes contra os cortes orçamentários nas universidades, o que mais preocupa os dirigentes das Ifes? VC - Neste ano de 2017, tivemos um corte de R$ 23 milhões nos recursos de custeio e capital, ou seja, 17% a menos do que estava previsto para a Ufal no orçamento da União. Para este ano, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 2018), existe uma perspectiva de centralização dos recursos de capital no Governo Federal que afronta a autonomia administrativa e financeira das universidades. Essa é uma situação grave. Uma tendência de reduzir o financiamento da educação pública, com argumentos de que a máquina pública é cara e ineficiente, sem considerar os avanços sociais obtidos quando as pesquisas em saúde, educação, tecnologia, formação de docentes, de profissionais competentes, etc. são construídos na Universidade visando melhores condições de vida e serviços de qualidade para a população. Por fim, gostaria de destacar o protagonismo da Andifes, que reúne os 63 reitores das universidades federais. Um protagonismo em defesa de um maior financiamento público para a universidade, da autonomia universitária, emitindo notas, inclusive, contra o Relatório do Banco Mundial. Estamos neste conjunto em defesa da universidade pública brasileira frente aos constantes ataques.

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RETROSPECTIVA 2017

Audiência Pública Os gestores reuniram a comunidade universitária para apresentar as atividades prioritárias para o ano de 2017 que contemplam os três campi. Eles aproveitaram para prestar contas sobre as finanças da Ufal e as ações que marcaram o ano anterior, com foco na democracia e transparência, extensão, política de valorização dos servidores, gestão e infraestrutura.

JAN

Trabalhos acadêmicos em outros idiomas A proposta aprovada pelo Consuni foi elaborada pela equipe da Pró-reitoria de Pesquisa e Pósgraduação (Propep) e estabelece que os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), dissertações, teses e outros documentos análogos possam ser redigidos em idiomas diferentes do português. A medida levou em consideração a institucionalização da língua estrangeira nos programas de pósgraduação da Ufal e a necessidade de internacionalizar a produção acadêmica da Universidade.

FEV

Por melhorias no transporte estudantil

Atenção psicossocial em saúde mental

A Gestão da Ufal tem realizado um conjunto de ações para discussão de projetos de lei estaduais que favoreçam a mobilidade e o transporte intermunicipal em Alagoas. Em reuniões com a prefeitura, o objetivo foi chamar a atenção para a quantidade insuficiente de ônibus urbanos para os estudantes que estudam à noite no Campus A.C. Simões e apresentar soluções para a dificuldade de transporte dos estudantes de Viçosa.

Criado pela Pró-reitora de Assistência Estudantil (Proest) da Ufal, o Guia contempla os dispositivos disponíveis na rede de saúde de Alagoas que visam atender pessoas em sofrimento ou em demandas decorrentes dos transtornos mentais, consumo de álcool, crack e outras drogas.

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A partir do projeto de extensão Orquestra Jovem da Escola Técnica de Artes (ETA), foi criada a Orquestra Pedagógica da Universidade Federal de Alagoas. A proposta surge como um espaço de formação musical instrumental coletiva voltado aos estudantes de Música da instituição.

MAR Combate à violência Na programação do Dia da Mulher na Ufal foi lançado o Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, ao Racismo e à Homofobia. A reitora Valéria Correia defendeu que esta é uma forma de institucionalizar o diálogo sobre o tema e reafirmar que a questão da violência não pode ser invisível para a sociedade.

Mais recursos para o Complexo Esportivo

Primeira Colação de Grau Social Novos profissionais das áreas de Administração, Economia, Ciências Contábeis, Arquitetura, Computação, Engenharia, Licenciaturas, entre outros cursos, participaram da primeira cerimônia de Colação de Grau Social de 2017, realizada no Auditório da Reitoria. Familiares e amigos lotaram o local para prestigiar essa conquista.

Criada Orquestra Pedagógica

Avaliação da expansão e interiorização A Ufal iniciou um processo de avaliação da sua expansão e interiorização. A comunidade universitária foi chamada para o debate e seminários foram realizados para avaliar resultados e impactos e apontar indicadores de gestão nos aspectos acadêmicos, didáticopedagógico, acesso e permanência estudantil, gestão de pessoas e condições de trabalho.

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, garantiu os recursos necessários para a conclusão do Complexo Esportivo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e assegurou os investimentos para construção de cinco quadras cobertas para a Ufal em Penedo, Arapiraca, Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios e Viçosa. Equipe do Ministério do Esporte realizou uma visita técnica na obra do Complexo. Em visita à Brasília, a reitora também solicitou recursos para melhorias no HU e nos museus da Ufal.


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1º SEMESTRE

Excelência Acadêmica Orientadores, bolsistas e colaboradores de 145 projetos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibit) receberam certificado de excelência acadêmica. Também foram selecionados 93 bolsistas para concorrer ao prêmio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e o aluno destaque no CNPq.

ABR Documentos prescritos Foram eliminados 196,17 metros lineares de documentos, perante aprovação do Arquivo Nacional. Os conjuntos documentais eram do Departamento de Registro e Controle Acadêmico e do Departamento de Contabilidade e Finanças. Todos com datas prescritas entre 1956 e 2007.

Imortais da educação alagoana Professores e ex-professores da Ufal agora são imortais da Academia Alagoana de Educação, instituída como associação cultural e educacional sem fins lucrativos. O vice-reitor, José Vieira, a pró-reitora Sandra Paz além de quatro professores e três reitores honorários foram imortalizados na Acale.

MAI

No projeto Lêberdade, o hábito de ler também vai proporcionar reintegração e remição de pena para os presos condenados do sistema prisional de Alagoas. A proposta é uma parceria como Poder Judiciário e o Governo de Alagoas.

A proposta aprovada cede à Prefeitura Municipal de Maceió um terreno localizado no Campus A.C. Simões para a construção de um Hospital Materno-Infantil. Os custos da construção, manutenção, equipamentos e pessoal serão arcados pelo poder público municipal.

JUN

Quitar pendências acadêmicas

Patrimônio Cultural do Mercosul

A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) convocou mais de 3.600 estudantes com pendências acadêmicas para a assinatura de um Termo de Compromisso para regularizar a situação. A nova chance foi mais um prazo para encerrar o ciclo acadêmico e concluir os cursos.

Os pesquisadores da Ufal colaboraram com a comissão indicada pelo Iphan e comemoraram a conquista. A Serra da Barriga, localizada em União dos Palmares/Alagoas, já foi objeto de estudos, ao longo de décadas, realizados pela Ufal, principalmente nas investigações de História, Arqueologia e Antropologia. Estudantes e professores dos cursos de Nutrição, Geografia e Medicina também fazem pesquisas e trabalhos na Serra.

Qualidade dos serviços do HU

Remição de pena via leitura

Terreno para Hospital Materno Infantil

O Banco de Leite Humano do Hospital Universitário (HU) recebeu certificação Ouro pelo desempenho em 2016. O reconhecimento foi emitido pela Rede Global de Bancos de Leite Humano. A Unidade Laboratorial de Análises Clínicas do Hospital Universitário também recebeu certificado de excelência pelos serviços prestados por meio do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ)

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CapacitaSuas tem aula inaugural São sete turmas em Maceió, duas em Arapiraca e duas em Delmiro Gouveia, congregando mais de 2,7 mil trabalhadores. Profissionais dos 102 municípios alagoanos, que trabalham com a política de Assistência Social, terão acesso a cursos por meio do Programa Nacional CapacitaSuas.

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RETROSPECTIVA 2017

Preparativos para SBPC Confirmada como sede da próxima Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Ufal esteve na 69ª edição do evento, em Minas Gerais, e compôs um stand em conjunto com a Fapeal para convidar os participantes. Os estudantes da Universidade também tiveram expressiva participação com 40 trabalhos aceitos na sessão de pôsteres.

JUL Oportunidade para ser bilíngue As Casas de Cultura da Ufal abriram edital para ofertar 880 vagas nos cursos gratuitos de línguas como Inglês, Espanhol, Francês, Português e Libras. A seleção priorizou aluno que concluiu a partir de 2013 ou cursando a educação básica em escola pública; estudante ou servidor da Ufal e a comunidade em geral.

15 anos de Expofísica Manutenção e guarda do acervo Com a avaliação do Ministério da Educação, que vai acontecer pela primeira vez na Ufal, as unidades estão engajadas em atender a todos os itens necessários. Uma etapa importante foi concluída após o Consuni aprovar a Política de Manutenção e Guarda do Acervo Acadêmico. Com a organização dos documentos, todo cidadão terá direto de acesso aos arquivos.

AGO

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SET

Destaque paralímpico

Mais qualificação

O incentivo ao esporte é marca da Ufal e os resultados são vistos em conquistas como a da estudante Erica Ferro, que ganhou medalha de ouro nos 200m medley nos Jogos Paralímpicos Universitários, em São Paulo. A atleta também conseguiu o bronze na prova dos 100m costas.

O Consuni aprovou as propostas de mais quatro cursos de especialização, cinco de mestrado e dois de doutorado na Ufal. Os 11 novos cursos lato e stricto sensu contemplam diversas áreas do conhecimento.

Bienal dos 200 anos de Alagoas

Sinalização no campus Mais de 70 placas de sinalização foram instaladas no Campus A.C. Simões para manter o fluxo de trânsito em ordem e a segurança dos estudantes, servidores e demais usuários da Ufal. As placas identificam os locais com potencial perigo de colisão por excesso de velocidade e também contemplam a preocupação com os ciclistas.

Evento já consolidado em Alagoas, a Expofísica comemorou 15 anos e homenageou a cientista polonesa Marie Curie, primeira e única mulher a receber dois prêmios Nóbeis. Atividades reúnem pesquisadores, professores, estudantes e, pela primeira vez, estudantes do Ensino Médio também puderam apresentar trabalhos.

Empreendedorismo social Estudantes da Ufal foram destaque no maior evento de empreendedorismo social do país: o Enactus Brasil. Os projetos desenvolvidos para melhoria social nas comunidades ficaram bem colocados em diversas categorias, deixando a Ufal entre as cinco melhores universidades do país.

A 8ª Bienal Internacional do Livro foi aberta oficialmente no dia 29 de setembro e teve programação durante dez dias com o tema Livros que Envolvem, Leituras que Libertam. Nesta edição, a homenagem foi para os 200 anos de emancipação política do Estado. A Bienal de Alagoas é a única do país realizada por uma universidade pública e que conta com atividades totalmente gratuitas.


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2º SEMESTRE

Cinema em Penedo 30 horas regulamentadas O Conselho Universitário aprovou uma resolução que regulamenta a jornada de trabalho flexibilizada para os servidores técnicos da Ufal. Com isso, a categoria passa a cumprir, oficialmente, uma carga horária de seis horas diárias e 30 horas semanais, excetuandose os cargos com jornadas estabelecidas em lei específica.

OUT

Mais uma edição do Circuito Penedo de Cinema foi realizada na cidade ribeirinha. O evento reuniu um público diversificado nas programações do 10º Festival do Cinema Brasileiro, 7º Festival de Cinema Universitário de Alagoas, 7º Encontro de Cinema Alagoano e da 4ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental.

NOV

Em defesa da universidade pública A Gestão da Universidade Federal de Alagoas se juntou à campanha proposta pela União Nacional dos Estudantes (UNE) em defesa da universidade pública e gratuita. Representantes de centros acadêmicos também aderiram ao movimento.

DEZ

Dia C da Ciência

Cotas na pós-graduação

Natal solidário

Estudantes, professores, pesquisadores e gestores se reuniram numa mobilização liderada pela Ufal em defesa da ciência. O Dia C aconteceu em todo o Brasil, e em Alagoas a atividade na Praça Dom Pedro II foi motivada pela preocupação com o atual contexto de cortes nos investimentos em educação e pesquisa.

No mês que celebra a reflexão da sociedade brasileira sobre as demandas da população negra, a Ufal avançou em suas políticas afirmativas e aprovou a proposta de adoção de cotas para os programas de pós-graduação. A ideia é incluir negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência em mestrados acadêmicos, profissionais e doutorados da instituição.

Um natal mais solidário e em defesa da universidade pública foi o mote da celebração realizada na Catedral Metropolitana de Maceió com a presença de membros de outras religiões. O coro e a orquestra da Ufal também se destacaram durante as apresentações na Catedral e no Teatro Deodoro, marcando as atividades de encerramento do ano.

Aplausos para a Rádio Bienal

Prevenção para mulheres

O projeto da Rádio Bienal, grande novidade da 8ª edição do evento foi finalista no Prêmio Brasken de Jornalismo. A rádio funcionou durante os dez dias da Bienal com programação gravada e ao vivo numa parceria com o Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) para transmissão pela Educativa FM.

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) promoveu uma ação de prevenção ao câncer de mama e, em parceria com o HU, realizou o encaminhamento de trabalhadoras do hospital e da Ufal, na faixa etária dos 50 anos, para fazer exame de mamografia.

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Pascom Arquidiocese de Maceió

Atendimento normatizado A direção do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) tomou uma decisão importante no sentido de normatizar o atendimento, de modo a evitar que irregularidades e práticas ilícitas ocorram no processo de agendamento de consultas. De acordo com a Normativa nº 334, de 15 de dezembro de 2017, o agendamento agora pode ser feito pelo próprio paciente, desde que seja para si. Se for para terceiros, deve ser comprovado o vínculo familiar (pai, mãe, filhos, cônjuge, irmãos ou netos).

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