Efeito dos extratos orgânicos de Annona muricata L. e Annona squamosa L. (Annonaceae) sobre o pulgão Aphis gossypii (Glover, 1887) (HemipteraAphididae) e seletividade ao predador Eriopis connexa (Germar, 1824) (Coleoptera: Coccinellidae)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROTEÇÃO DE PLANTAS
LINDINALVA DOS SANTOS
Efeito dos extratos orgânicos de Annona muricata L. e Annona squamosa L.
(Annonaceae) sobre o pulgão Aphis gossypii (Glover, 1887) (Hemiptera:Aphididae)
e seletividade ao predador Eriopis connexa (Germar, 1824) (Coleoptera:
Coccinellidae)
Rio Largo, AL
2016
LINDINALVA DOS SANTOS
Efeito dos extratos orgânicos de Annona muricata L. e Annona squamosa L.
(Annonaceae) sobre o pulgão Aphis gossypii (Glover, 1887) (Hemiptera:Aphididae)
e seletividade ao predador Eriopis connexa (Germar, 1824) (Coleoptera:
Coccinellidae)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós
Graduação em Proteção de Plantas, do Centro de
Ciências Agrárias, da Universidade Federal de
Alagoas, como parte dos requisitos para obtenção
do título de Mestre em Proteção de Plantas.
Orientadora: Profª Drª Roseane Cristina Predes Trindade
Coorientadora: Profª Drª Sônia Maria F. Broglio
Rio Largo, AL
2016
Catalogação na fonte
Universidade Federal de Alagoas
Biblioteca Central
Divisão de Tratamento Técnico
Bibliotecária Responsável: Helena Cristina Pimentel do Vale
S237e
Santos, Lindinalva dos.
Efeito dos extratos orgânicos de Annona muricata L. e Annona squamosa L
(Annonaceae) sobre o pulgão Alphis gossypii (Glover, 1887) (Hemiptera:
Aphididae) e seletividade a Eriopis connexa (Germar, 1824) (Coleoptera:
Coccinelldae / Lindinalva dos Santos. – 2015.
88 f. : il.
Orientadora: Roseane Cristina Predes Trindade
Coorientadora: Sônia Maria F. Broglio
Dissertação (mestrado em Produção Vegetal e Proteção de Plantas) –
Universidade Federal de Alagoas. Centro de Ciências Agrárias, Rio Largo, 2016.
Bibliografia: f. 41-59.
1. Extratos botânicos. 2Concentração letal. 3. Joaninha. 4. Annona squamosa.
5. Annona muricata. I. Título.
CDU: 634.65/.66
A Deus que tem feito grandes coisas na
minha vida,
Meu socorro na aflição, minha fortaleza
nas batalhas,
Fiel apesar das minhas fraquezas.
Todo louvor seja dado a Ti.
A minha mamãe Maria da Paz, por tudo
que representa em minha vida.
Ao meu amor Josaias Soares, por todo
amor, apoio e compreensão.
Aos meus irmãos, Júnior, Rita, Henrique e
Gilberto (in memorian), por serem meus
eternos companheiros. Os amo.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Em especial aos meus Pais, Maria da Paz e Valdomiro Mauro (in memorian) por me
presentearem com a oportunidade de viver.
A minha família principalmente meus irmãos Júnior, Rita e Henrique e minhas duas
sobrinhas Esther e Viviane por tornarem meus dias mais alegres.
Ao meu amor Josaias Soares por todo carinho, apoio e compreensão.
À Universidade Federal de Alagoas (UFAL), pela oportunidade de poder cursar um
programa de Pós graduação.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Alagoas (FAPEAL) e à Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de
Mestrado.
A minha orientadora prof.ª Drª Roseane Cristina Predes Trindade por todos os
ensinamentos, paciência e amizade.
A minha coorientadora a prof.ª Drª Sônia Maria Forti Broglio pelas contribuições e
apoio.
Aos professores do curso de pós-graduação em Proteção de Plantas pelos conhecimentos
adquiridos no decorrer do curso.
As amigas Izabel Vieira e Maria Erika pelo companheirismo e amizade verdadeira, que
tornaram meus dias mais leves nesse período. As levarei comigo para sempre...
Em especial ao amigo Djison Silvestre por sua valiosa contribuição para realização
desse trabalho.
Aos amigos do programa de pós graduação em Proteção de Plantas: Rubens Pessoa,
Valquiria Silva, Anilde Maciel, Pedro Silva, Jhonatan David, Ronicleide Souza, Fabiano
Leite, Paulo Henrique, Alex Rocha e Élida Martins.
Aos amigos do laboratório de controle Alternativo de Pragas em especial Fernanda,
Alice, Sherly e Marcos.
Aos colaboradores deste trabalho Mirandy dos Santos dias e Camila Alexandre.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente com a concretização deste trabalho.
RESUMO
O uso de extratos botânicos é uma alternativa de controle de insetos-praga em cultivos
agrícolas, mas os efeitos desses produtos naturais sobre a entomofauna benéfica dos
agroecossistemas são necessários. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a
eficiência dos extratos de sementes de pinha Annona squamosa L. e graviola Annona
muricata L. sobre o pulgão Aphis gossypii (Glover, 1887) (Hemiptera: Aphididae) e seu
inimigo natural, a joaninha Eriopis connexa (Germar, 1824) (Coleoptera: Coccinellidae).
Para isso, foram realizados bioensaios com os extratos hexânico e etanólico nas
concentrações: 0,125; 0,25; 0,3; 0,4; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%, visando estimar por análise de
Probit as concentrações letais. Para a joaninha, foi testada a ação por contato, efeito
residual e ingestão para avaliação da sobrevivência, oviposição e viabilidade dos ovos.
As CL50 e CL99 estimadas para A. gossypii foram respectivamente, 0,39 e 5,47% para
extrato etanólico de pinha (EEP); 0,23 e 1,19% para extrato etanólico de graviola (EEG);
0,47 e 4,39% para extrato hexânico de pinha (EHP); 0,42 e 6,38% para extrato hexânico
de graviola (EHG). Na ação dos extratos por contato, o EEG a 0,23% foi considerado
inócuo, por outro lado, o EHG a 0,42% promoveu mortalidade de 30% dos insetos, sendo
classificado como levemente nocivo para larvas de 1o instar; para adultos apenas o EEP
(5,47%), foi classificado como levemente nocivo e os demais tratamentos foram
classificados como inócuos, inclusive para o efeito residual. Quanto à seletividade dos
extratos às joaninhas por ingestão, as CL50 do EEG e EHG não interferiram na taxa de
sobrevivência dos predadores, por outro lado, o EEP nas duas concentrações testadas
(0,39 e 5,47%) reduziram a zero a taxa de sobrevivência dos insetos em menos de 7 dias,
se assemelhando ao tratamento químico Decis®. Todos os tratamentos reduziram o
consumo de ovos de Anagasta kuehniella, presa alternativa, tratados com os extratos,
diminuindo a capacidade predatória e, causando como consequência, a diminuição na
oviposição para as concentrações menores e nenhum ovo posto para as maiores
concentrações, afetando a fecundidade do predador e a viabilidade dos ovos. O EEG na
concentração de 0,23% foi eficiente no controle de A. gossypii, e seletivo ao inimigo
natural E. connexa, não interferindo na taxa de sobrevivência destes.
Palavras-chave: Extratos botânicos, concentrações letais, joaninha, Annona squamosa,
Annona muricata.
ABSTRACT
The use of botanical extracts has been reported as an alternative to control insect pests in
agricultural crops, but the harmful effects of these natural products on the beneficial insect
fauna of agricultural ecosystems have to be assessed. The aim of this study was to
evaluate the efficiency of seed extracts of sugar apple (Annona squamosa L.) and soursop
(Annona muricata L.) on Aphis gossypii (Glover, 1887) (Hemiptera: Aphididae) and its
natural enemy, the ladybug Eriopis connexa (Germar, 1824) (Coleoptera: Coccinellidae).
Therefore, bioassays were performed with hexane and ethanol extracts at concentrations
of 0.125; 0.25; 0.3; 0.4; 0.5; 1.0; 1.5 and 2.0%, to estimate by Probit analysis their lethal
concentrations. For the ladybird, it was tested the action by contact, residual effect and
ingestion to evaluate survival, oviposition and viability of the eggs. The CL50 and CL99
estimated for A. gossypii were, respectively, 0.39 and 5.47% for the ethanolic extract of
sugar apple (EEP); 0.23 and 1.19% for the ethanolic extract of soursop (EEG); 0.47 and
4.39% for the hexanic extract of sugar apple (EHP); 0.42 and 6.38% for the hexanic
extract of soursop (EHG). Considering the action of the extracts by contact, the EEG
(0.23%) was considered innocuous, on the other hand, the EHG (0.42%) promoted
mortality of 30% of insects and is classified as slightly harmful for 1st instar larvae; for
adults, only EEP (5.47%) was classified as slightly harmful and the other treatments were
classified as harmless, including for the residual effect. Regarding the selectivity of the
extracts, the LC50 of EEG and EHG did not affect the survival rate of the ladybirds. By
contrast, the EEP in both tested concentrations (0.39 and 5.47%) reduced the rate of
survival to zero in less than 7 days, resembling the chemical treatment with Decis®. All
treatments reduced the consumption of Anagasta kuehniella eggs, alternative prey, treated
with the extracts, reducing the predation and causing as a consequence, oviposition to a
decrease in lower concentrations and no egg laid for higher concentrations, affecting
fertility and predator the viability of the eggs. The EEG in the concentration of 0.23%
was effective in controlling A. gossypii, and its selective natural enemy E. connexa, not
interfering with the survival rate of these.
Keywords: Botanical extracts, lethal concentrations, ladybug, Annona squamosa,
Annona muricata.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Sobrevivência de fêmeas adultas de Eriopis connexa após 11 dias de ingestão
de ovos de Anagasta kuehniella tratados com as Concentrações Letais (CLs) 50 (A) e 99
(B) dos extratos de graviola e pinha: EG (etanólico de graviola), EP (etanólico de pinha),
HG (hexânico de graviola), HP (hexânico de pinha) ........................................................35
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Concentrações Letais (CLs) dos extratos etanólico e hexânico de semente de
graviola e pinha sobre Aphis gossypii..............................................................................29
Tabela 2. Mortalidade de larvas e adultos de Eriopis connexa após aplicação de
inseticidas botânicos por contato...................................................................................32
Tabela 3. Efeito das Concentrações Letais (CLs) 50 sobre consumo de ovos de Anagasta
kuehniella
(%),
número
de
ovos
e
viabilidade
de
ovos
(%).................................................................................................................................37
Tabela 4. Efeito das Concentrações Letais (CLs) 99 sobre consumo de ovos de Anagasta
kuehniella
(%),
número
de
ovos
e
viabilidade
de
ovos
(%)..................................................................................................................................38
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................11
2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................13
2.1. Aspectos gerais sobre o pulgão Aphis gossypii.....................................................13
2.2. Controle alternativo de pragas.............................................................................14
2.3. A Família anonaceae..............................................................................................16
2.3.1. Graviola.................................................................................................................17
2.3.2. Pinha......................................................................................................................18
2.4. Seletividade de agrotóxicos a inimigos naturais..................................................20
2.5. Controle biológico..................................................................................................22
2.5.1. Família Coccinellidae.............................................................................................23
2.5.2. Eriopis connexa.....................................................................................................23
3. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................25
3.1. Criação de Aphis gossypii.......................................................................................25
3.2. Criação do predador Eriopis connexa...................................................................25
3.3. Coleta das sementes e preparo dos extratos..........................................................25
3.4.Toxicidade dos extratos orgânicos de Annona muricata e Annona squamosa para
Aphis gossypii.................................................................................................................26
3.5. Efeito dos extratos na mortalidade de Eriopis connexa por contato.................27
3.6. Efeito dos extratos por ingestão na interferência da capacidade predatória e
oviposição da joaninha Eriopis connexa.....................................................................27
3.7. Efeito residual dos extratos sobre as joaninhas..................................................28
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................29
4.1. Toxicidade dos extratos para Aphis gossypii........................................................29
4.2. Efeito dos extratos na mortalidade de larvas e adultos de Eriopis connexa por
ação de contato........................................ .....................................................................32
4.3.
Efeito
residual
dos
extratos
de
graviola
e
pinha
sobre
Eriopis
connexa...........................................................................................................................34
4.4. Efeito dos extratos por ingestão na interferência da capacidade predatória e
oviposição da joaninha Eriopis connexa......................................................................34
5. CONCLUSÕES..........................................................................................................41
6. REFERÊNCIAS.........................................................................................................42
11
1. INTRODUÇÃO
O pulgão Aphis gossypii (Glover, 1887) (Hemiptera: Aphididae) é uma espécie
amplamente distribuída pelo mundo, mas com maior incidência nos trópicos. É um pulgão
polífago, tendo sido descrito em associação com mais de 700 plantas hospedeiras em todo
o mundo. A importância dessa praga está relacionada aos danos direto ocasionados pela
sucção de seiva das plantas, e indiretos como enrugamento das brotações e transmissão
de viroses que esses insetos ocasionam às culturas hospedeiras (GUIMARÃES;
MOURA; OLIVEIRA, 2013).
A principal medida de controle do pulgão é o uso de inseticidas sintéticos
registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) (LIMA et
al., 2012). As aplicações de inseticidas geralmente são realizadas de forma preventiva e
indiscriminada, sem respeitar, entre outras recomendações, a dose, a frequência de
aplicação, o período de carência e a rotação de grupos químicos. Como consequência, há
empobrecimento da biodiversidade benéfica e desenvolvimento de resistência pelas
pragas (GONÇALVES; BLEICHER, 2006).
Como forma de reduzir o uso abusivo de agroquímicos o Manejo Integrado de
Pragas (MIP) surge como uma alternativa ao modelo convencional de agricultura. O MIP
visa harmonizar as diversas táticas de controle, entre essas o controle alternativo de pragas
através do uso de plantas inseticidas e o controle biológico de pragas através da
conservação dos inimigos naturais através do uso de produtos seletivos.
No campo das plantas inseticidas, as da família Annonaceae se destacam. Este
grupo de plantas apresenta reconhecida importância farmacológica, atuando como
matéria-prima de cosméticos e perfumaria, uso na medicina natural, além de apresentar
atividade antimicrobiana e inseticida devido à presença de acetogeninas, substâncias que,
quando utilizadas contra insetos, atuam nas mitocôndrias, inibindo a NADH, o que causa
a morte destes organismos (ZAFRA-POLO et al., 1996; LÜMMEN, 1998).
É conhecido o potencial inseticida das plantas desta família, entretanto, pouco se
sabe da sua ação sobre a fauna benéfica, principalmente nos inimigos naturais das pragas.
Diversos trabalhos referentes ao controle de pragas com extratos botânicos destaca
que o uso destas substâncias deve ser compatível com outras táticas de manejo,
principalmente com o controle biológico de pragas, que é composto por um ou mais tipos
de organismos benéficos chamados inimigos naturais, que reduzem a população da
espécie - praga (PARRA et al., 2002).
12
Integrando o complexo de inimigos naturais das pragas, as joaninhas se destacam
por sua voracidade e capacidade de busca à presa. Entre os coccinelídeos, a Eriopis
connexa (Germar, 1824) (Coleoptera: Coccinellidae) se destaca no controle de pulgões e
ácaros, além de ser caracterizada por sua alta polifagia e pela presença em diversas
culturas (SARMENTO et al., 2004).
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar, em laboratório, os efeitos dos
extratos orgânicos de graviola Annona muricata L. e pinha Annona squamosa L. sobre o
pulgão A. gossypii e a seletividade ao inimigo natural E. connexa.
13
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Aspectos gerais sobre o pulgão Aphis gossypii
O pulgão Aphis gossypii é uma praga cosmopolita (PEÑA-MARTINEZ, 1992),
que tem sido relatada em mais de 90 famílias de plantas (EBERT; CARTWRIGHT,
1997). No entanto em campo, é mais comum encontrá-los em maiores populações em
plantas de algodão e quiabo e em menores proporções em plantas espontâneas como Sida
sp. e Urena sp. (EKUKOLE, 1990). No Brasil, é considerado praga-chave em diversas
regiões produtoras, principalmente para variedades suscetíveis a viroses por ele
transmitidas (SANTOS et al., 2004). A polifagia também lhe permite atacar plantas como
as das famílias Cucurbitaceae e Brassicaceae, além de citros, café, cacau, batata,
pimentão, pimenta e várias outras plantas ornamentais (DEGUINE,1995; BLACKMAM:
AESTOP, 1984). No algodoeiro, esse inseto ocorre durante todo o ciclo, interferindo na
qualidade do produto colhido. Ao se alimentar da seiva do floema, inocula toxinas,
excreta substâncias açucaradas, desenvolvendo a fumagina e, também transmite vírus
(DEGRANDE, 1998; MICHELOTTO; BUSOLI, 2003). São insetos observados com
maior frequência nos estratos superior e mediano da planta, possivelmente devido à
maciez do tecido foliar, que facilita substancialmente a extração de carboidratos pelos
afídeos (FERNANDES et al., 2001).
São insetos cujos adultos ápteros medem de 0,9 a 1,8 mm de comprimento.
Apresentam policromismo, ou seja, sua coloração varia de verde-escura a amarelo-clara,
em função da fonte de alimento, densidade populacional e temperatura a que estão
submetidos. Em altas infestações e temperaturas elevadas, por exemplo, alcançam menor
tamanho e tomam a coloração amarelo-pálida. Os sifúnculos são escuros em relação à
cauda. As formas aladas medem entre 1,1 e 1,8 mm de comprimento (BLACKMAN;
EASTOP, 1984) e surgem em condições de alta densidade populacional e situações
adversas, como falta de alimento e variações de temperatura, constituindo-se responsáveis
pela formação de novas colônias (PENA-MARTINEZ, 1992; SANTINI, 1997; BUENO,
2005).
Esta praga tem se destacado pelo aumento da resistência aos inseticidas e escape
à predação e ao parasitismo devido a destruição de seus agentes de controle, podendo
provocar reduções de até 40% na produção (WEATHERSBEE III; HARDEE,1994).
14
2.2 Controle alternativo de pragas
O Brasil ganhou o posto de maior consumidor de agrotóxicos do mundo,
superando os Estados Unidos, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) (CARNEIRO; ALMEIDA, 2013). O uso de inseticidas sintéticos tem
sido a tática mais utilizada em algodoeiro, tendo 116 inseticidas registrados no Brasil para
aplicação em pulverização (AGROFIT, 2016). No entanto, o uso abusivo desses produtos
(AHMAD; ARIF, 2008), o plantio de cultivares suscetíveis a viroses, o sistema intensivo
de plantio, a eliminação de inimigos naturais pelo uso de inseticidas não seletivos e a
evolução da resistência a inseticidas, têm contribuído para o agravamento do problema
(KONNO; OMOTO, 2006).
Além disso, o uso continuo de químicos pode apresentar efeitos indesejáveis sobre
organismos não alvos, causando mortalidade de polinizadores, predadores e parasitoides
(BAPTISTA, 2007; ESTEVES FILHO, 2012; ATTIA et al., 2013). Podem deixar
resíduos, causando impacto ambiental, devido à sua bioacumulação e persistência no solo
(ATTIA et al., 2013).
Como alternativa à aplicação negligente dos produtos supracitados encontra-se,
desenvolvido no mercado, técnicas e produtos menos agressivos, que podem sugerir um
novo caminho para a produção alimentar, podendo-se citar o uso de óleos essenciais,
extratos vegetais, sabões, detergentes e bioinseticidas.
Schmaltz; Santos; Guterres (2005) explanam que a diversidade de substâncias
presentes na flora continua sendo um enorme atrativo na área de controle de insetos.
Para Brito et al. (2008), os efeitos negativos causados pelo uso de agrotóxicos
podem ser atenuados ou eliminados com a utilização de produtos de origem botânica,
devido a algumas características benéficas relativas à toxicidade, pois geralmente,
possuem degradação rápida, o que pode reduzir o impacto a organismos benéficos, ao
homem e ao ambiente.
Vendramim; Castiglioni (2000) e Gonçalves Gervásio (2003) relataram em seus
estudos que uma das limitações do uso dos inseticidas botânicos é o desconhecimento do
seu efeito sobre a fauna benéfica dos agroecossistemas, especialmente os inimigos
naturais de importantes insetos-praga. O Manejo Integrado de Pragas tem como objetivo
harmonizar mais de uma tática de controle visando deixar as populações de pragas abaixo
do nível de controle. Neste contexto, busca-se a utilização de produtos botânicos seletivos
15
aos inimigos naturais. Entretanto, vários autores têm demonstrado variações na resposta
de inimigos naturais à aplicação desses produtos.
A grande maioria dos trabalhos com controle de pulgões com extratos botânicos,
refere-se à utilização do nim, Azadirachta indica A. Juss (Meliaceae), como base ou
produtos comerciais derivados da azadiractina.
Santos et al. (2004), investigaram os efeitos de extrato aquoso de semente de nim
sobre o pulgão do algodoeiro A. gossypii. Concluíram que o extrato aquoso das sementes
de nim é uma alternativa eficiente para o controle do pulgão, causando mortalidade de
ninfas e reduzindo os períodos de sobrevivência e fecundidade.
Gonçalves; Bleicher (2006) avaliaram os efeitos sistêmicos da azadiractina e de
extratos de semente de nim sobre o pulgão preto A. craccivora, em feijão de corda.
concluíram que a azadiractina e o extrato de nim embora em altas concentrações
controlam os pulgões.
Carvalho et al. (2008), estudando a eficiência de óleo de nim nas concentrações
0,25; 0,5; 0,75; 1,0 e 2,0% sobre Brevicoryne brassicae (Linnaeus, 1758) e Myzus
persicae (Sulzer, 1776) (Hemiptera: Aphididae) em couve manteiga, concluíram que o
produto em todas as concentrações testadas é eficiente no controle de B. brassicae e que
é tóxico a M. persicae apenas nas concentrações iguais ou maiores a 1%, promovendo
mortalidade destes insetos a 60%.
Breda et al. (2011), estudando os efeitos dos inseticidas botânicos a base de
azadiractina (Azamax®) em concentrações variando de 0 a 2%, extrato aquoso de semente
de nim de 0 a 2,5% e óleo de mamona de 0 a 2,5%, sobre o pulgão do algodoeiro,
concluíram que os produtos botânicos testados exercem efeitos letais e subletais sobre A.
gossypii e são promissores para o seu manejo.
Bernardi et al. (2012) estudaram os efeitos da azadiractina (Azamax®, 100; 200 e
300 ml.100 L-1), sobre o pulgão verde Chaetosiphon fragaefolli (Cockerell, 1901)
(Hemiptera: Aphididae) em morangueiro, em casa de vegetação. Concluíram, entre outras
coisas, que azadiractina nas concetrações testadas (100, 200, 300 ml.100L-1 do pc),
pulverizadas via foliar é eficientes no controle do pulgão.
Andrade et al. (2013), avaliando os efeitos da repelência de azadiractina (0,075%)
e óleos essenciais de pimenta longa (Piper hispidinervum CDC), pimenta de macaco (P.
aduncum L.), citronela (Cymbopogon winterianus (L.)), capim-santo (C. citratus (D.C.))
Stapf), erva doce (Foeniculum vulgare Mill), cravo-da-índia (Syzygium aromaticum (L.)
Merrill e Perry), canela (Cinnamomum zeylanicum Blume), aroeira (Schinus
16
terebinthifolius Raddi) e erva de santa maria (Chenopodium ambrosioides L.) na
concentração de 0,05%, concluíram que o óleo essencial de erva doce tem atratividade
significativa para fêmeas ápteras de A. gossypii e que os óleos de capim santo, pimenta
de macaco, citronela e nim são repelentes e reduzem a produção de ninfas desse pulgão.
Souza et al. (2015) investigaram os efeitos letais e subletais de nim sobre A.
gossypii e seu predador Cycloneda sanguinea em melancia. Para isso, utilizaram o
produto comercial DalNeem® (1,475 g L-1 azadiractina) nas concentrações 0,0037 µg i.
a. mL-1, 0,0074 µg i. a. mL-1 e 0,0148 µg i. a. mL-1 pulverizado sobre discos de folhas de
melancia que, após secagem, foram infestadas com o pulgão. Passados 24 horas de
exposição dos insetos aos resíduos, os autores concluíram que DalNeem® nas
concentrações testadas mostram-se tóxico a adultos e ninfas do pulgão e larvas da
joaninha.
2.3 A família Annonaceae
Dentre as plantas que apresentam potencial para o controle de pragas, estão as
espécies da família Annonaceae. Além de sua importância na alimentação e na medicina
popular, apresentam propriedades inseticidas. Segundo Hernández; Angel (1997), tem-se
reportado 29 espécies, em 14 gêneros de anonáceas com propriedades inseticidas,
principalmente as espécies dos gêneros Anaxagorea, Artabotrys, Cananga, Cleistopholis,
Monodora, Oxandra, Pachypodanthium, Polyathia, Popowia, Xylopia, Asimina,
Goniothalamus, Rollinia e Annona.
As plantas dessa família têm como constituintes bioativos principais, as
acetogeninas, que constituem uma classe de produtos naturais promissores como
protótipos de agentes inseticidas, sendo encontradas nas cascas de galhos e raízes e,
principalmente, nas sementes dessas plantas (BERMEJO et al., 2005; CASTILLOSÁNCHEZ et al., 2010).
Esses metabólitos secundários são derivados de ácidos graxos (C33-C37) e
apresentam um número variável de anéis tetraidrofurânicos (THF) ou tetraidropirânicos
(THP) ao longo da cadeia hidrocarbônica e estão associadas moléculas relacionadas a
atividades citotóxica, antitumoral, inseticida, parasiticida, vermicida, antimicrobiana,
imunossupressora, antiemética, inibidora do apetite e antimalárica (ALALI; LIU;
MCLAUGHLIN, 1999). Além disso, essas plantas apresentam potencial para serem
17
utilizadas como bioinseticidas, podendo ser uma alternativa no combate de pragas
(ALALI et al., 1999; RIBEIRO et al., 2013; COSTA et al., 2013).
Segundo KRINSKI et al. (2014), constam na literatura trabalhos que evidenciam
ação inseticida das anonáceas tanto no controle de pragas urbanas quanto agrícolas, com
as principais ordens de insetos consideradas pragas, com destaque para as ordens
Lepidoptera (19 espécies), Coleoptera (16 espécies), Hemiptera (11 espécies), Diptera
(17 espécies) e Blattodea (2 espécies).
Avaliando o efeito do extrato de Annona coriacea Mart. Sobre a traça-dotomateiro Tuta absoluta Meyrick, 1917 (Lepidoptera: Gelechiidae) nas concentrações de
0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8,0%, Silva; Pereira; Bento (2007) observaram que a menor
concentração causou uma mortalidade de 86,4% e que as demais concentrações causaram
mortalidade de 100%.
Oliveira (2009), avaliando o efeito do extrato de Annona crassiflora Mart. sobre
o percevejo Euchistus heros (Fabricius, 1794) (Hemiptera: Pentatomidae), concluíram
que o extrato apresentou efeito fagodeterrente, principalmente na maior concentração
(4%), com resultados 50% menores que a testemunha.
2.3.1 Graviola
A gravioleira, A. muricata, é originária da América Central e Norte da América
do Sul, e foi introduzida no Brasil pelos portugueses no século XVI. Pode ser encontrada
disseminada em toda faixa equatorial do planeta. É conhecida como “soursop” na língua
inglesa, “guanabano” no idioma espanhol e “corossol” em francês (BRAGA
SOBRINHO, 2010).
Segundo Ramos et al. (2001), a gravioleira faz parte de um grupo de frutíferas
de importância econômica em diversos países, como Brasil, Cingapura, Colômbia, Costa
Rica, Cuba, Espanha, Guiana, Venezuela, Honduras, Índia, Jamaica, México, Panamá,
Peru, Porto Rico, Senegal e Suriname.
O Brasil, atualmente, é o segundo maior produtor de graviola do mundo e
observou-se, nos últimos anos, que essa anonácea passou a ter maior destaque entre as
frutas tropicais brasileiras, pela sua boa aceitação no mercado nacional, tanto por parte
do consumidor como por parte das indústrias de processamento de polpa. Seu cultivo está
presente de forma economicamente relevante nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste
18
e Sudeste, destacando-se os estados da Alagoas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba e Pernambuco (LIMA, 2004).
Os frutos são ricos em carboidratos, com baixíssimos teores de gordura, e não
são considerados como de grande valor protéico (RIOS, 2013). Almeida (2009) destacou
a graviola como excelente fonte de minerais, ressaltando seu alto teor de potássio,
magnésio, e fósforo.
Todas as partes deste vegetal são utilizadas na medicina popular. As sementes
são consideradas adstringentes, eméticas, e estudos confirmaram a atividade
antiparasitária, moluscicida e antivírus Herpes simplex, ao mesmo tempo em que se
atribuem às cascas, ação antidiabética e espasmolítica (GONÇALVES, 2007; NOVA,
2008; LUNA et al., 2011).
O suco do fruto da graviola é usado em bochechos no combate às aftas,
internamente como antitérmico, diurético e no combate de insônias leves. A infusão das
folhas secas é usada contra insônias graves, dores de cabeça e como emagrecedor. O
decocto das folhas contém o óleo essencial com ação parasiticida, antirreumática e
antinevrálgica (GONÇALVES, 2007; NOVA, 2008; LUNA et al., 2011).
Seu estudo fitoquímico mostrou que as folhas contêm até 1,8% de óleo essencial
rico em beta-cariofileno, gama-cadineno e alfa-elemeno. Na composição química do
fruto, estão presentes açúcares, tanino, ácido ascórbico, pectinas e vitamina A, B e C,
enquanto nas folhas, casca e raiz, foram identificados taninos e vários alcaloides. Nas
sementes, foram registrados o ciclopeptídeo anomuricatina A e várias acetogeninas, que
se encontram também, nas folhas, cascas e raízes, sendo farmacologicamente ativas
contra células tumorais (DANTAS, 2007; GONÇALVES, 2007; NOVA, 2008). Essa
anonácea é a principal planta utilizada para elaboração de extratos botânicos com fins
inseticidas.
2.3.2 Pinha
A pinheira, fruta-do-conde ou ata, A. squamosa, é uma planta originária das
Antilhas. Encontra-se disseminada em quase todos os continentes. É conhecida na língua
inglesa com “sugar apple” ou “sweet sop”, “rinon” em espanhol e “ata” em francês. Foi
introduzida no Brasil, precisamente na Bahia, na terceira década do século XVII. É
cultivada em todo o Brasil, comercialmente ou em fundo de quintal. É muito apreciada
19
pelo excelente sabor, porém apresenta muitas sementes aderidas à polpa o que tem
restringido a sua exportação (BRAGA SOBRINHO, 2010).
As folhas de pinha foram registradas como tendo propriedades anti-espasmótica,
antitumoral, anti-helmítica e também inseticida, e suas sementes já foram descritas como
sendo poderoso inseticida (CHOPRA et al., 1956; KUMAR et al., 2005). FUGIMOTO et
al. (1994) destacaram que das folhas, raízes e, principalmente as sementes da pinha, após
fracionamento, foram isoladas 26 acetogeninas. Os tecidos dessa planta apresentam
acetogeninas como anonina ou anonacina, asimicina, bulatacina e escuamocina, todas
com ação inseticida (HERNÁNDES; ANGEL, 1997).
A atividade inseticida da anonina ou anonacina é devida à sua propriedade
citotóxica. Essas substâncias tem ação sobre a cadeia respiratória celular, no primeiro
acoplamento energético (LODERSHAUSEN et al., 1991 a, b). Por isso, provoca 70% de
mortalidade de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae) em uma
concentração de 10 ppm.
A asimicina é efetiva no controle de insetos como A. egypti, A. vittatum, A.
gossypii,
Caliphora
vicini
(Robineau-Desvoidy, 1830)
(Diptera:Calliphoridae),
Epilachna varivertis Mulsant, 1850 (Coleoptera: Coccinellidae), Tetranychus urticae
(Koch, 1836) (Acari: Tetranychidae) e contra o nematoide Caenoharbiditis elegans. Entre
os 256 isômeros dessa substância, citam-se a bulatacina e a bulatacinona (LI et al., 1990).
A bulatacina é o isômero mais tóxico da asimicina (HUI et al., 1989). Um concentração
de 1, 10, 24 ppm dessa substância é capaz de matar 80% de insetos da espécie A. aegypti,
A. gossypii e Diabrotica punctata (Coleoptera: Chrysomelidae) respectivamente
(HERNANDES; ANGEL, 1997).
São inúmeros os relatos de trabalhos que utilizaram extrato de pinha obtidos de
diferentes partes da planta e de diversas formas de extração, utilizados com sucesso no
controle de pragas, a exemplo, controle de baratas (Blattodea: Blattidae)
(KESETYANINGSIH, 2012), de larvas do mosquito Culex quinquefasciatus (Diptera:
Culicidae), de larva de mosca doméstica (Diptera: Muscidae) (BEGUM; SHARMA;
PANDEY, 2010), de ninfas e adultos do percevejo Euschistus heros entre outros
(MIKAMI, 2011).
Khalequzzaman; Sultana (2006) testando extrato de A. squamosa obtidos através
de diversas formas de preparo e uma dose letal inferior a 0,03μg/cm² para todos eles,
20
sobre Tribolium castaneum Herbst, 1797 (Coleoptera: Tenebrionidae), obtiveram
resultados satisfatórios no controle da praga.
2.4 Seletividade de agrotóxicos a inimigos naturais
Degrande (1996) explana que a seletividade de um produto fitossanitário consiste
na propriedade do composto em controlar a praga alvo, provocando baixo impacto sobre
os organismos benéficos que compõem o agroecossistema.
A seletividade do inseticida pode ocorrer através de métodos fisiológicos ou
ecológicos (RIPPER et al., 1951). A seletividade fisiológica consiste no uso de inseticidas
que sejam mais tóxicos à praga que aos seus inimigos naturais (O’BRIEN, 1960). Já a
seletividade ecológica está relacionada com as formas de utilização dos inseticidas,
buscando minimizar a exposição do inimigo natural ao inseticida (RIPPER et al., 1951).
A seletividade de inseticidas é a chave do MIPem sistemas que visam reduzir a
população de insetos nocivos, sem alterar ou impactar o mínimo possível outros
componentes do agroecossistema e do ambiente (SANTOS et al., 2006). A utilização de
produtos fitossanitários seletivos a inimigos naturais pode trazer vantagens, entre as quais
o aumento do intervalo de aplicações, aumento da competição interespecífica, diminuição
da ressurgência de pragas, diminuição da possibilidade de pragas secundárias passarem à
condição de pragas principais, e ainda pode diminuir as chances de evolução de
populações resistentes aos inseticidas (DEGRANDE, 2003).
Podem ser encontradas na literatura diversas pesquisas que relatam a seletividade
de produtos fitossanitários a inimigos naturais e também os benefícios que tais insetos
trazem ao controle natural de pragas agrícolas.
Nunes et al. (1999), investigando a seletividade dos produtos fitossanitários
clofluazuron, bacillus thuringiensis, endosulfan, alanicarb e acefato sobre uma série de
predadores das famílias Formicidae, Araneae, Forficulidae, Crisopidae e Lygaeidae,
concluíram nas primeiras avaliações após os tratamentos, bem como nas realizadas após
2 e 7 dias, que não houve diferença significativa entre os tratamentos. Concluíram ainda,
que o Alanicarb foi o produto mais seletivo à gama de predadores testados no estudo.
Soares; Bussoli (2000), estudando os efeitos dos inseticidas fipronil com duas
formulações, e endosulfan sobre predadores na cultura do algodão, aplicados aos setenta
e dois dias após a germinação, não evidenciaram diferença significativa entre os
tratamentos um dia após a aplicação. Após três dias da pulverização, também não
21
ocorreram diferenças significativas entre os tratamentos. Nesse estudo apenas o
endosulfan, aos sete dias da aplicação reduziu a população de inimigos naturais.
Crespo et al. (2002), avaliando a seletividade fisiológica dos inseticidas carbaril,
deltametrina, paration metílico, permetrina e triclorfom sobre os predadores
Brachygastra lecheguana (Latreille,1824) e Protonectarina sylveirae (Saussure, 1854)
da família Vespidae e sobre sua presa Ascia monuste orseis (Latreille, 1818)
(Lepidoptera: Pieridae) concluíram entre outras coisas, que deltametrina e permetrina são
seletivos ao predador P. sylveirae, em relação à sua presa, mas não são seletivos ao
predador B. lecheguana.
Ribeiro et al. (2007a), avaliando o impacto dos inseticidas acetamiprid,
carbosulfan, diafentiurom, tiametoxam, imidacropid e paration metil, utilizados para o
controle de pulgões e tripes do algodoeiro sobre seus predadores C. sanguinea, Scymnus
sp. e aranha, concluíram que os inseticidas acetamiprid, carbosulfan, imidacloprid e
paration metil, foram classificados como prejudiciais (classe 3) à joaninha a C. sanguinea.
Para Scymnus sp., todos os inseticidas testados foram considerados tóxicos. Por outro
lado, os inseticidas que afetaram as aranhas foram carbosulfan, diafentiurom e paration
metil.
Nogueira et al. (2007), investigando os efeitos dos inseticidas piretroides sobre
inimigos naturais das pragas do algodoeiro, observaram que, esfenvalerato + fenitrotiona,
fenpropatrina, esfenvalerato, deltrametrina e zeta-cipermetrina, não foram seletivos aos
inimigos naturais encontrados no algodoeiro. Tal conclusão foi constatada através da
porcentagem de mortalidade, que oscilou entre as classes moderadamente tóxica e tóxica.
Bacci et al. (2009), avaliando a seletividade de sete inseticidas utilizados no
manejo de Plutella xilostella L. (Lepidoptera: Plutellidae), sendo estes acefato, carbaril,
deltametrina, dimetoato, metamiofós, paration metílico e permetrina, concluíram que os
inseticidas organofosforados metamidafós, paration metílico e acefato, bem como o
carbamato carbaril não foram seletivos aos Inimigos naturais em estudo. Por outro lado,
o organofosforado dimetoato e os piretroides permetrina e deltametrina foram menos
prejudiciais a alguns dos inimigos naturais testados.
Luckmann et al. (2014), avaliando a seletividade dos produtos naturais
comerciais Baicao®, Orobor® e Topneem®, nas concentrações recomendadas pelos
fabricantes, pulverizados sobre os ovos de Anagasta kuehniella (Lepidoptera: Pyralidae)
e em seguida ofertados com e sem chance de escolha ao parasitoide de ovos
Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae), concluíram que Orobor®
22
é seletivo ao parasitoide em condições de laboratório e que Baicao® não é seletivo e foi
classificado como levemente nocivo ao parasitoide testado no estudo.
2.5 Controle Biológico
Através de afirmativas de Parra et al. (2002); Moraes; Flechtmann (2008), o
controle biológico é um fenômeno natural que consiste no uso de inimigos naturais com
o objetivo de diminuir a população de uma espécie praga abaixo do seu nível de dano
econômico. O controle biológico existe naturalmente, mas o homem pode de alguma
forma favorecer a ação de inimigos naturais, para reduzir os níveis de organismos
indesejáveis.
O controle biológico conservativo é fomentado pelo aumento da diversidade
vegetal nos agroecossistemas, acarretando maior abundância e diversidade de predadores
e parasitoides e, consequentemente, gerando menos problemas com pragas agrícolas,
redução dos gastos com agrotóxicos e menor contaminação ambiental (AGUIARMENEZES, 2004, VENZON et al. 2005).
O pulgão A. gossypii possui uma grande diversidade de inimigos naturais, que
indicam potencial para controle biológico desta praga, com destaque para os parasitoides
da família Aphidiidae e predadores das famílias Chrysopidae, Syrphidae e
principalmente, os da família Coccinellidae (GUIMARÃES, 2013).
2.5.1 Família Coccinellidae
A família Coccinellidae foi inicialmente descrita por Linnaeus (1758). Os
coccinelídeos encontram-se inseridos na ordem Coleoptera e subordem Polyphaga e
possuem grande diversidade de organismos, com cerca de 6.000 espécies no mundo,
distribuídas em 360 gêneros (VANDENBERG 2002). E esta família pertence à
superfamília Cucujoidea e está subdividida em seis subfamílias: Chilocorinae,
Coccidulinae, Coccinelinae, Epilachninae, Scymninae e Stichololinae (IPERTI, 1999).
Para a identificação o nível de subfamília, tribos e gêneros de Coccinellidae são
utilizadas chaves de identificação baseadas na fauna americana ou australiana segundo
GORDON (1985), BOOTH et al. (1990) e SLIPINSKI (2007).
23
Esta família é composta por pequenos coleópteros conhecidos popularmente no
Brasil como “joaninhas”, são os “ladybeetles” dos norte-americanos, “lady bird beetles”
dos ingleses e “bêtes à Dieu” dos franceses (COSTA LIMA, 1953).
Os coccinelídeos são organismos ecologicamente diversificados, podendo ser
fitófagos e micófagos, mas são notadamente conhecidos por sua especialização alimentar
como predadores, apresentando potencial para utilização no controle biológico de pragas
agrícolas (HODEK; HONEK 1996; VANDENBERG, 2002; ŚLIPIŃSKI, 2007; GIORGI
et al., 2009; GUEDES, 2013).
Esta família é uma das maiores da ordem Coleoptera, sendo que 90% dos
indivíduos desse grupo são predadoras, apresentando esta característica na fase larval e
adulta (GUERREIRO, 2004), deste modo, mostrando-se como potenciais agentes de
controle biológico. Se considerarmos as regiões tropicais e subtropicais, cochonilhas
apresentam-se como o “alimento essencial” para 36% dos coccinelídeos, enquanto 20%
são afidófagas.
O primeiro relato da utilização dos coccinelídeos no controle biológico de pragas
se deu por volta de 1889, quando a joaninha Rodolia cardinalis (Mulsant, 1850) foi
importada da Austrália para controlar a cochonilha Icerya purchasi (Maskell, 1878),
praga que estava dizimando os plantios de citros da Califórnia – EUA. O sucesso no
controle desta praga pela joaninha foi tão grande, que até nos dias atuais este evento é
considerado como o marco do controle biológico clássico, devido, principalmente, aos
efeitos científicos, econômicos e políticos sem precedentes no mundo. A partir desta
primeira utilização, a joaninha R. cardinalis foi introduzida em mais de 33 países, obtendo
sucesso no controle biológico da cochonilha I. purchasi. (GUERREIRO, 2004).
No Brasil, as principais espécies de joaninhas predadoras são C. sanguinea, E.
connexa, Hipodamia convergens Guérin-Méneville, Coleomegilla maculata De Geer,
Olla v-nigrun (Mulsant), Acymnus sp. Chevrolat e, recentemente Harmonia axyridis
(Pallas) (GASSEN, 1986; GRAVENA, 2005; TORRES et al.; 2009).
2.5.2 Eriopis connexa
Essa espécie de joaninha encontra-se distribuída em diversos países da América
do sul: Argentina (Buenos Aires, Catamarca, Córdoba, Chaco, Chubut, Entre Rios,
Formosa, La Rioja, Mendoza, Misiones, Neuquén, Rio Negro, Salta, San Juan, Santa Fe,
Santiago del Estero, Tucumán), Bolívia (Cochabamba, La Paz, Oruro), Brasil (Mato
24
Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São
Paulo), Equador (Guayas), Paraguai (Alto Paraná, Caazapa, Central, Kanindeyu,
Paraguarí, Pte. Hayes, San Pedro), Peru (Cusco, Apurímac), Uruguai (Florida,
Maldonado, Montevidéu, San José) e Venezuela (GYENGE et al., 1998; GONZÁLEZ,
2009). É Encontrada em diversas culturas (RODRIGUES et al., 2013), possuindo alto
potencial para redução de populações de insetos-praga (ALMEIDA-SARMENTO et al.,
2007).
Destaca-se devido o controle eficiente que exerce sobre pulgões e ácaros,
caracterizado por sua alta polifagia e por sua presença em diversas culturas (SARMENTO
et al., 2004). Segundo GASSEN (1988), E. connexa é o mais voraz predador de pulgões
na cultura do trigo, sendo que cada indivíduo é capaz de consumir até 43 pulgões/dia.
Os adultos de E. connexa medem 4,3-5,6 mm de comprimento, possuem forma
oblonga e alongada e coloração preta. O pronoto e élitros são castanho escuros quase
pretos, com manchas amarelas apresentando ainda no pronoto bordas laterais amarelas e
duas pequenas manchas na base e ápice (GONZÁLEZ, 2009).
25
3. MATERIAL E MÉTODOS
Os experimentos foram realizados no Laboratório de Entomologia: Controle
Alternativo de Pragas do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de
Alagoas - CECA/UFAL, em Rio Largo – AL.
3.1 Criação de Aphis gossypii
A criação dos pulgões seguiu a metodologia de Costa (2010). Sementes de
algodão da cultivar Acala 90, foram semeadas em copos plásticos com capacidade para
500 mL contendo terra preta (60%) e esterco bovino (40%), dispostos em uma bancada
de ferro em casa de vegetação. Ao atingirem 20 cm de altura, as plantas de algodão foram
infestadas com o pulgão A. gossypii provenientes de coletas em campo de quiabo e
algodoeiro e previamente identificados.
3.2 Criação do predador Eriopis connexa
B
B
As joaninhas utilizadas nos experimentos foram provenientes da criação mantida
no Laboratório de Controle Biológico e Ecologia de Insetos da UFRPE. Os insetos adultos
e larvas foram criados conforme metodologia de Rodrigues et al. (2013). As larvas e
adultos de joaninhas tiveram como alimento ovos de A. kuehniella, e mistura pastosa de
levedura de cerveja e mel (50: 50%). Na fase larval, foram mantidas no máximo duas
larvas por recipiente plásticos de 80 mL, na fase adulta, as joaninhas foram confinadas
em recipiente plástico de 500 mL contendo abertura na tampa fechada com tecido voil
para permitir a circulação de ar. No interior do recipiente de 500 mL foram colocados
pedaços de papel toalha como substrato para as posturas, essas foram retirados
diariamente e acondicionados em recipiente de 500 mL onde foram mantidos até a eclosão
das larvas.
3.3 Coleta das sementes e preparo dos extratos
B
A
As sementes de graviola foram oriundas de uma fábrica de polpa de frutas do
município de Anadia – AL no ano de 2014 e as sementes de pinha foram oriundas de
frutos colhidos de plantas cultivadas no pomar do Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal de Alagoas, no ano de 2015.
As sementes de pinha e de graviola passaram por um processo de limpeza através
da lavagem em água contendo uma mistura de 10% de hipoclorito de sódio e foram
26
submetidas à secagem em estufa a 50ºC por um período de 7 dias e, em seguida, foram
trituradas em moinho de facas tipo Wiley para obtenção de um pó de granulometria
pequena.
Os extratos hexânicos e etanólicos de graviola e de pinha foram preparados no
Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais (LPqPN) do Instituto de Química da
Universidade Federal de Alagoas.
O pó das sementes foi submetido à extração a frio em percolador de inox,
primeiramente com hexano, por 24 horas. Depois, sobre a torta resultante da extração
anterior, foi extraído com etanol (EtOH), por um período de 72 horas. Após a extração, o
material foi filtrado, concentrado em rotaevaporador a 50ºC, à pressão reduzida e
acondicionado em recipientes de vidro devidamente etiquetados
3.4 Toxicidade dos extratos orgânicos de Annona muricata e Annona squamosa para
Aphis gossypii
A
B
E
F
Foram realizados testes preliminares com diferentes concentrações dos extratos
orgânicos de A. muricata e A. squamosa para determinar valores próximos do Limite
Superior (LS) que matasse próximo de 100%, e Limite Inferior (LI) dos extratos, que
matasse próximo à testemunha, para ser estimadas as concentrações letais.
Após a determinação dos limites do extrato, foram avaliadas oito diferentes
concentrações: 0,125; 0,25; 0,3; 0,4; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%, correspondentes à sequência a1,
a1.q, a1.q2, a1.q3, a1.q4 e a1.q5, obtida através da fórmula (BLISS, 1934):
Onde: q = razão da progressão geométrica (pg); n = número de concentrações a
extrapolar; an e a1 = limites superior e inferior, respectivamente, da pg (concentrações que
provocam mortalidade de cerca de 95% e semelhante à testemunha, respectivamente
determinadas através de testes preliminares).
As concentrações foram preparadas no momento da utilização através da diluição
em água e Tween 80 (0,05%) do extrato concentrado. Em seguida os resultados obtidos
27
foram submetidos à análise de Probit pelo programa computacional SAS para estimativa
da CL50 e da CL99.
Foram cortados discos de folhas de algodoeiro com 5 cm de diâmetro, os quais
foram pulverizados com os extratos orgânicos em torre de Potter (Potter, 1952). A
pulverização foi realizada a uma pressão de 5 psi/pol² utilizando-se um volume de calda
de 2,3 mL, correspondendo a um depósito de 1,9 ± 0,37 mg/cm². Após os tratamentos, os
discos foliares secaram naturalmente sobre papel toalha e foram colocados sobre uma fina
camada de ágar gel (10 g de ágar/L de água destilada) em placas de Petri de 10 cm e sobre
estes foram inoculados cinco pulgões ápteros. Após 24 horas, foram observados a taxa de
mortalidade dos insetos.
Os dados foram submetidos à análise de variância em programa estatístico SAS e
as concentrações letais (CL50 e CL99) foram estimadas através de análise de Probit.
3.5 Efeito dos extratos na mortalidade de Eriopis connexa por contato
Larvas de primeiro ínstar e adultos de E. connexa, foram individualizados em
placas de Petri contendo disco de papel filtro ao fundo e pulverizadas em torre de Potter
(Potter, 1952) com as CL50 e CL99 dos extratos de graviola e pinha (hexânico e etanólico),
estimadas por análise de Probit para o pulgão A. gossypii. Em seguida, as placas foram
vedadas com filme plástico e após 24 horas da pulverização foram avaliadas as taxas de
mortalidade de larvas e adultos. O delineamento foi inteiramente casualizado com oito
tratamentos e 10 repetições.
3.6 Efeito dos extratos por ingestão na interferência da capacidade predatória e
oviposição da joaninha Eriopis connexa
Para o estudo, cinco casais de E. connexa individualizados em placas de Petri
forradas com papel de filtro, foram diariamente alimentados com 10 mg de ovos de A.
kuehniella tratados com água destilada (tratamento controle), com o inseticida químico
Decis® (controle positivo) na dosagem recomendada pelo Agrofit para o controle do
pulgão do algodoeiro (400 mL/ha) e com as concentrações letais estimadas pela análise
de Probit para o pulgão A. gossypii (CL50 e CL99) dos extratos orgânicos de graviola e
pinha. O estudo foi desenvolvido por um período de 11 dias, com oferta diária de novos
ovos novamente tratados com os respectivos tratamentos.
28
Os ovos de A. kuehniella foram pulverizados em torre de Potter (Potter, 1952)
calibrada para um volume de 2,3 ± 0,5 mL de calda de cada extrato/cm2. As avaliações
constaram da observação da taxa de mortalidade de E. connexa, consumo diário de ovos
(capacidade predatória), número de ovos por postura e viabilidade dos ovos.
Todas as avaliações foram realizadas com o auxílio de uma lupa estereoscópica e
os produtos testados foram classificados seguindo os padrões de seletividade do Grupo
de Trabalho Internacional com Organismos Benéficos e Pesticidas da International
Organization of Biological Control (IOBC), Seção Regional do Oeste Paleártico (WPRS)
(HASSAN, 1997). Cuja classificação dos produtos segue os seguintes intervalos: 1inócuo (mortalidade <30%), 2-levemente nocivo (30-79%), 3- moderadamente nocivo
(80-99%), 4-nocivo (>99%) (Tabela 1) (HASSAN, 1994).
3.7 Efeito residual dos extratos sobre as joaninha
Discos de papel filtro de 8 cm de diâmetro foram pulverizados com as CL50 e
CL99 estimadas por análise de Probit para o pulgão A. gossypii de cada extrato de graviola
e pinha em torre de Potter, calibrada para um volume de 2,3 ± 0,5 mL, colocados para
secar naturalmente e depositados em seguida em placas de Petri de 10 cm. Em seguida,
10 larvas de 1º íntstar e 10 adultos de E. connexa por placa, foram liberados sobre estes
discos e, diariamente foram avaliados a mortalidade das joaninhas.
29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1-Toxicidade dos extratos para o Aphis gossypii
Os extratos etanólico e hexânico das sementes de graviola e de pinha apresentaram
toxicidade ao pulgão A. gossypii, com concentrações letais consideradas baixas,
estimadas e com ajuste ao modelo de Probit.
Para o extrato etanólico de graviola, houve ajuste ao modelo de Probit com o valor
de p= 0,78. As concentrações letais estimadas foram de 0,23% (podendo variar entre 0,20
e 0,27) para a CL50 e de 1,19% (podendo variar entre 0,82 e 2,37) para a CL99. Por outro
lado, para o extrato hexânico de graviola, o valor de p= 0,36 e a CL50 e CL99 estimadas
foram de 0,42% (podendo variar entre 0,34 e 0,54) e 6,38% (podendo variar entre 3,50 e
17,57), respectivamente (Tabela 1).
Tabela 1. Concentrações Letais (CLs) dos extratos etanólico e hexânico de semente de graviola e Pinha
sobre A. gossypii.
Tratamentos
EEG
EHG
EEP
EHP
n1
175
200
250
225
GL2
5
6
8
7
Inclinação ± EP
2,40 ± 0,29
1,98 ± 0,26
2,04 ± 0,26=
2,40 ± 0,29
CL50 (%)
CL99 (%)
(IC 95%)³
(IC 95%)³
0,23
1,19
( 0,39 –0.58)
(0,82 – 2,37)
0,42
6,38
(0,34-0,54)
(3,50-17,57)
0,39
5,47
(0,32-0,48)
(3,16-13,54)
0,47
4,39
(0,39-0,57)
(2,72-9,34)
Fonte: Autora, 2016.
EP: Erro-padrão; CL: Concentração letal; X2: Qui-quadrado.
EEG: extrato etanólico de graviola; EHG: extrato hexânico de graviola;
EEP: extrato etanólico de pinha; EHP: extrato hexânico de pinha.
1
Número de insetos utilizados no teste.
2
GL: Graus de liberdade.
3
IC: Intervalo de confiança.
4
P: Probabilidade > 0,05.
χ2
p4
2,44
0,78
6,51
0,36
5,14
0,74
9,6
0,21
30
Resultados seelhante foram obtidos por Ascher et al. (1984) e Roel et al. (2000),
ao observarem que os extratos preparados com solventes altamente apolares, como o
hexano, são menos eficientes do que aqueles que apresentam polaridade intermediária,
como o solvente etanol. Além disso, Borges et al. (2007) relataram, ao comparar extratos
elaborados com diferentes solventes em ordem crescente de polaridade, que os preparados
com solventes de menores polaridades apresentaram menores atividades. Esse fato
também foi observado no presente estudo, cujo extrato hexânico de graviola mostrou uma
CL99 bem mais elevada do que a do extrato etanólico, corroborando com os autores acima.
Porém, Rodrigues et al. (2014), avaliando a eficiência de duas doses (0,5 e 1,0%)
dos extratos hexânicos das sementes e das folhas de A. muricata sobre o pulgão preto do
feijoeiro A. craccivora, concluíram que o extrato hexânico da semente de graviola, na
dose 0,5%, promoveu um controle de 98,9%. Isso mostra que o solvente extrator pode
mudar a composição do extrato, mas a praga alvo também pode ter resposta diferenciada
em relação à atividade tóxica.
As sementes de graviola já são conhecidas na literatura com potencial inseticida
para diferentes ordens de insetos e ácaros.
Asmanizar; Idris (2012) investigando a eficiência dos extratos de A. muricata e
Jatropha curcas (Euphorbiaceae) nas concentrações de 0,5; 1,0; 5,0; 10,0 e 20,0% sobre
o coleóptero de grãos armazenados Sitophilus zeamais Motschulsky, 1885 (Coleoptera:
Curculionidae), concluíram que as maiores concentrações dos extratos (5,0; 10,0 e
20,0%) proporcionaram mortalidade elevada.
Ainda, Gonzales-Esquinca et al. (2012), estudando três espécies de anonáceas (A.
muricata, A. diversifolia e A. lutescens Saff) nas concentrações de 100μg.ml e 1000μg.ml
com 24 e 72 horas concluíram que, após 72 horas, houve uma maior mortalidade de larvas
de Anastrepha ludens Loew (Diptera: Tephritidae) bem como com a maior concentração,
com mortalidades de 74% para a graviola e 90% para as demais. E também Trindade et
al. (2011) que avaliaram o extrato etanólico de A. muricata (5 mg.mL) cujo resultado
causou 100% de mortalidade em lagartas de P. xylostella, quando expostas por até 12
dias. Nas concentrações mais baixas, também se observou que a viabilidade foi reduzida.
Em relação aos extratos das sementes de pinha, o etanólico apresentou maior
toxicidade ao A. gossypii, visto que, foi requerido uma menor quantidade (0,39% v/v)
para causar 50% de mortalidade da população dos insetos, enquanto o hexânico
apresentou uma CL50 de 0,47% (v/v). Os valores das CL99 foram de 5,47% (v/v) para o
extrato etanólico e para o extrato hexânico de 4,39% (v/v) (Tabela 1).
31
Os resultados encontrados assemelham-se aos de Chien-Yih Lin et al. (2009), em
relação ao potencial inseticida das sementes de pinha, que demonstraram a eficiência do
óleo de sementes de pinha, para o manejo de Bemisia argentifolii Bellows & Perring
(Hemiptera:Aleyrodidae),
A.
gossypii
e
Tetranychus
kanzawai
Kishida
(Acari:Tetranychidae). Nesse trabalho, os autores, utilizando três concentrações de óleo
de semente de pinha, sendo estas 0,125, 0,25 e 0,5 mais o químico β-cyfluthrin +
imidacloprid (0,05%), constataram que as concentrações de 0,25 e 0,5% foram tão
eficientes quanto o químico, efetuando controle de 98 e 100% de mortalidade do A.
gossypii, respectivamente.
Sikdar et al. (2016) também demonstraram o potencial inseticida dos extratos à
base dessa planta, sobretudo das sementes. Esses autores avaliaram a eficiência de
biopesticida extraído da semente de pinha em três concentrações (0,15; 0,30 e 0,75%)
sobre a cochonilha Planococcus pacificus (Hemiptera: Pseudococcidae) em goiabeira, e
concluíram que o extrato de pinha na concentração 0,75% é eficiente no controle da praga
após 2 dias de aplicação, além desse ser biodegradável, preservar a fertilidade do solo e
não deixar resíduos na água e ar.
Ainda Rabelo; Bleicher (2014), avaliando a eficiência de extratos etanólicos das
sementes pinha e atemóia e também a bioatividade das sementes em diferentes épocas de
armazenamento, sobre o pulgão preto, A. craccicvora, em feijão caupi, concluíram que
os extratos utilizados no bioensaio, mostraram-se eficientes, causando mortalidade de
99,27% e 98,18%, respectivamente. Os autores constataram ainda que não há diferença
de eficiência dos extratos com sementes em diferentes épocas de armazenamento.
Quando se comparam as estimativas das concentrações letais dos extratos
etanólico e hexânico de graviola e pinha, pode-se concluir que os extratos de graviola se
mostraram mais tóxicos que os de pinha, tendo em vista que foi necessários uma menor
quantidade do princípio ativo para apresentar toxicidade ao pulgão A. gossypii, enquanto
que os de pinha, principalmente as CLs99 apresentaram valores muito elevados.
32
4.2 Efeito dos extratos na mortalidade de larvas e adultos de Eriopis connexa por
ação de contato
O extrato hexânico de graviola nas concentrações de 0,42 e 6,38%, não
apresentaram toxicidade as larvas de primeiro ínstar de E. connexa, sendo classificado
como inócuo (classe 1). Quando aplicado sobre as larvas e adultos da joaninha, o extrato
etanólico de graviola na concentração 0,23%, não causou redução na sobrevivência dos
insetos, mostrando-se seletivo e sendo classificado como inócuo (classe 1). Por outro
lado, o extrato de graviola na concentração 1,19% promoveu 30% de mortalidade das
larvas de E. connexa (Tabela 2).
Resultados semelhante foram observados por Moura et al. (2009), que obtiveram
taxa de mortalidade de 25% de E. connexa ao testarem óleo de nim e extrato pirolenhoso.
Tabela 2- Mortalidade de larvas e adultos de Eriopis connexa após aplicação de inseticidas botânicos
por contato
Tratamentos
Mortalidade
larva (%)
Classificação
Mortalidade
adulto (%)
Classificação
0,23% EEG CL 50
0,00
Inócuo
0,00
Inócuo
0,42% EHG CL 50
0,00
Inócuo
0,00
Inócuo
0,39% EEP CL 50
0,00
Inócuo
0,00
Inócuo
0,47% EHP CL 50
0,00
Inócuo
0,00
Inócuo
1,19% EEG CL 99
0,00
Inócuo
0,00
Inócuo
6,38% EHG CL 99
30,00
Levemente nocivo
0,00
Inócuo
5,47% EEP CL 99
30,00
Levemente nocivo
30,00
Levemente nocivo
4,39% EHP CL 99
20,00
Inócuo
0,00
Inócuo
Decis
0,00
Inócuo
50,00
Levemente nocivo
Testemunha (água)
0,00
_
0,00
_
Fonte: Autora, 2016.
EEG: Extrato Etanólico de Graviola; EHG: Extrato Hexânico Graviola; EEP: Extrato Etanólico de Pinha;
EHP: Extrato Hexânico de Pinha CL: Concentração letal.
33
Devido as concentrações de 0,23 e 1,19% do extrato etanólico de graviola
apresentarem valores mais baixos, pode ter refletido na taxa sobrevivência das larvas de
primeiro instar (100% de sobrevivência) de E. connexa, enquanto que, o valor elevado da
CL99 do extrato hexânico (6,38%) promoveu uma redução na taxa de sobrevivência para
70%.
No entanto, quando os extratos de graviola foram pulverizados sobre adultos de
E. connexa todas as concentrações dos extratos hexânico e etanólico de graviola não
ocasionaram morte dos insetos mostrando-se seletivos as joaninhas E. connexa e sendo
classificados como inócuo (classe 1) (Tabela 2). Essa seletividade é de extrema
importância para o uso correto de bioinseticidas, como nos estudos realizados por Busoli
(2003), que observou a seletividade do extrato pirolenhoso em diferentes concentrações
sobre larvas de 3o ínstar do predador H. convergens.
Para os extratos orgânicos de pinha, quando pulverizados sobre as larvas de 1o
ínstar, nas concentrações de 0,39 e 0,47% do etanólico e hexânico, não apresentaram
toxicidade aos predadores, podendo esses extratos serem classificadas como inócuo
(classe 1). Já as concentrações de 5,47 e 4,39% do extrato etanólico e hexânico de pinha
promoveram taxa de mortalidade de 30% e 20% das larvas, respectivamente,
classificando-os como levemente nocivo e inócuo.
Quando pulverizados sobre os adultos de E. connexa, apenas o extrato etanólico
de pinha na concentração de 5,47% reduziu a taxa de sobrevivência dos predadores,
promovendo um índice de mortalidade de 30%, o qual classifica o extrato como
levemente nocivo (classe 3). Esses resultados assemelham-se aos observados por
Mendonça et al. (2006) que ao avaliarem a suscetibilidade de Polybia scutellaris (White)
(Hymenoptera: Vespidae), predadora do bicho mineiro, a produtos naturais e sintéticos,
e concluíram que o extrato pirolenhoso e a azadiractina foram pouco tóxicos à vespa
predadora. Ainda, Gazola et al. (2009) constataram a letalidade do extrato de crisântemo,
Chrysanthemum parthenium (L.), ao causar mortalidade total de adultos de Harmonia
axyridis. Ainda segundo os autores, os produtos comerciais Plant Clean, Pironin e Óleo
Mineral apresentaram baixa seletividade sobre os adultos desse predador.
Por outro lado, no presente trabalho, os demais tratamentos do extrato de pinha
não promoveram mortalidade dos predadores e foram classificados como inócuo. Isto
concorda com relato de que adultos de Cicloneda sanguinea não foram afetados pelo óleo
emulsionável de nim a 5 mL/L (SILVA et al., 2001).
34
Quanto ao tratamento com o inseticida químico Decis®, não houve interferência
na taxa de sobrevivência das larvas de 1o instar, mostrando-se seletivo, no entanto quando
testado sobre os adultos promoveu taxa de mortalidade de 50%, resultado que o classifica
como inócuo para as larvas e levemente nocivo para adultos. Resultados assemelham-se
aos encontrados Mendonça et al. (2006), ao constatarem que os inseticidas Ethion e
lambdacialotrina apresentaram efeitos tóxicos a P. scutellaris, e que estes valores foram
mais efetivos quando pulverizados sobre a vespa.
4.3 Efeito residual dos extratos de graviola e pinha sobre Eriopis connexa
Os extratos etanólicos e hexânicos de graviola e pinha, em todas as concentrações
testadas, não apresentaram toxicidade tanto às larvas de 1o ínstar quanto aos adultos de E.
connexa, não interferindo na sobrevivência dos insetos. O efeito residual desses extratos
foi classificado como inócuo segundo Hassan (1994).
Na literatura, são raros os relatos de trabalhos que avaliem o efeito residual de
produtos botânicos a inimigos naturais. No entanto, é sabido que, no processo de estudo
de seletividade de um produto, são necessários testes que submetam os insetos a situação
de máximo contato com a mais elevada dosagem agronômica, com resíduo (persistência)
e por meio da ingestão de alimentos contaminados com doses do produto (HASSAN,
1994). Da mesma forma, é necessária a realização destes testes em condições de
laboratório, semicampo e campo (HASSAN, 1997).
4.4 Efeito dos extratos por ingestão na interferência da capacidade predatória e
oviposição da joaninha Eriopis connexa
Após 11 dias de avaliação, observou-se que as concentrações de 2,3 e 4,2% dos
extratos etanólico e hexânico de graviola se assemelharam à testemunha, não interferindo
na taxa de sobrevivência de fêmeas adultas de E. connexa, sendo classificados como
inócuos (HASSAN, 1994).
Por outro lado, a concentração de 0,47% do extrato hexânico de pinha causou um
decréscimo de 40% na taxa de sobrevivência dos insetos, ocasionado entre o segundo e
quinto dia de exposição ao tratamento, sendo classificado como levemente nocivo (Figura
1A). O extrato etanólico de pinha na concentração de 0,39%, causou diminuição na taxa
de sobrevivência de 100%, levando os insetos à morte até o sétimo dia de exposição ao
tratamento, assemelhando-se ao químico Decis®, que também promoveu mortalidade
35
total dos insetos até o sexto dia do experimento e foram classificados como nocivo (Figura
1 A).
Figura 1- Sobrevivência de fêmeas adultas de Eriopis connexa após 11 dias de ingestão de ovos de
Anagasta kuehniella tratados com as Concentrações Letais (CLs) 50 (A) e 99 (B) dos extratos de graviola
e pinha: EG (Etanolico de Graviola), EP (Etanólico de Pinha), HG (Hexânico de Graviola), HP (Hexânico
de Pinha).
A
B
Fonte: Autora, 2016.
36
A concentração de 6,38% do extrato hexânico de graviola se igualou à testemunha,
não ocasionando morte dos insetos ao longo dos 11 dias de experimento. Por outro lado,
a concentração de 1,19% do extrato etanólico de graviola reduziu a taxa de sobrevivência
dos insetos para 40% entre o sexto e oitavo dias de exposição aos tratamentos, sendo
classificada como levemente nociva (Figura 1B).
Quanto às concentrações de 4,39 e 5,47% dos extratos hexânicos e etanólicos de
semente de pinha, estas reduziram a sobrevivência dos insetos para 80% a partir do
segundo dia, sendo classificadas como levemente nocivas, e promovendo a mortalidade
total dos insetos até o sexto dia, se assemelhando ao químico Decis®, fato que o
classificou como nocivo aos insetos, respectivamente (Figura 1B).
O fato de as concentrações mais baixas dos extratos de graviola necessitem de
menores quantidades para promover o controle de 50% da população de A. gossypii, já
que as concentrações utilizadas foram as estimadas por Probit para a mortalidade do
pulgão, reflete-se na maior taxa de sobrevivência dos inimigos naturais, enquanto que as
concentrações para os extratos de pinha necessitaram de maiores quantidades para
controlar o pulgão, refletindo em maior toxicidade para as joaninhas levando-as à morte
em apenas sete dias.
Além da diferença entre as quantidades de princípio ativo das diferentes
concentrações dos extratos de graviola e pinha, é válido salientar que a redução da taxa
de sobrevivência dos insetos deve também ser atribuída ao fato de os experimentos terem
sido realizados em ambiente controlado, com utilização de arenas que limitam a
mobilidade dos insetos, bem como, a superdosagem dos produtos, tendo em vista, que
foram pulverizados com os extratos diariamente.
Com base nas premissas do MIP, a utilização conjunta dos extratos de graviola na
concentração estimada para controlar 50% da população de A. gossypii juntamente com
a liberação das joaninhas predadoras, pode ser considerado uma estratégia possível para
o controle da praga. Concordando com esses resultados, Guerra et al. (2009) concluíram,
entre outras coisas, que o óleo de nim pode ser utilizado no controle de S. frugiperda,
com baixo risco para reduzir a população do inimigo natural de E. connexa.
Por outro lado, o efeito tóxico apresentado pelos extratos de semente de pinha nas
duas concentrações testadas (CLs 50 e 99), corrobora alguns resultados de trabalhos
referentes a seletividade de produtos naturais sobre joaninhas. Como por exemplo,
Venzon et al. (2007), em seu estudo sobre os efeitos de extrato de nim sobre E. connexa
37
alimentada com pulgões M. persicae tratados com a concentração 0,25%, obtiveram taxa
de mortalidade de larvas de 4o instar da joaninha de 54,5%.
Quanto aos efeitos dos extratos sobre E. connexa, observou-se que a ação de
ingestão de ovos de A. kuehniella tratados com as menores concentrações dos extratos de
pinha e de graviola, ocasionou menor consumo do alimento em relação à testemunha,
reduzindo assim a capacidade predatória desta joaninha (Tabela 3).
Tabela 3- Efeito das Concentrações Letais (CLs) 50 sobre consumo de ovos de Anagasta kuehniella
(%), número de ovos e viabilidade de ovos (%).
Tratamentos
Consumo (%)
Número de
ovos
Viabilidade (%)
Mortalidade
(%)
Classe
0,23% EEG
30,72 ± 0,88 b
9,00 ± 0,26 b
34,49 ± 3,0 a
0,00
1
0,42% EHG
25,81 ± 0,93 b
8,60 ± 0,80 b
37,57 ±3,18 a
0,00
1
0,39% EEP
27,81 ± 2,33 b
7,80 ± 0,18 b
40,0,7 ±1,07 a
100,00
4
0,47% EHP
32,17 ± 2,37 b
9,60 ± 0,92 b
32,10 ±3,42 a
40,00
2
Decis®
4,90 ± 0,23 c
0,00 ± 0,00 c
0,00 ± 0,00 b
100,00
4
Testemunha
(água)
75,63 ± 0,42 a
29,20 ± 1,30 a
54,59 ±7,72 a
0,00
1
CV
31,36
31,70
45,31
-
-
Fonte: Autora, 2016.
EEG: Extrato Etanólico de Graviola; EHG: Extrato Hexânico Graviola; EEP:
Extrato Etanólico de Pinha; EHP: Extrato Hexânico de Pinha
CL: Concentração letal.
A testemunha apresentou um consumo de 75,63% do alimento ofertado, diferindo
significativamente dos demais tratamentos. Não houve diferença estatística para o
consumo de alimento tratado com as menores concentrações dos extratos, os valores
obtidos para cada tratamento foram 32,17% para hexânico de pinha, 30, 72% etanólico
de graviola, 27,82% etanólico de pinha e 25,81% hexânico de graviola (Tabela 3).
Por outro lado, o inseticida químico Decis reduziu consideravelmente o consumo
para 4,90% interferindo na capacidade predatória das joaninhas E. connexa que
praticamente não se alimentaram.
Em relação à oviposição, os tratamentos com os extratos avaliados ocasionaram
uma redução significativa dos parâmetros quantificados: número de ovos postos e
38
viabilidade destes, após 11 dias de avaliações (Tabela 3), resultando na diminuição da
fecundidade de E. connexa.
A testemunha ovipositou 29,20 ovos em média ao longo dos 11 dias de
experimento, diferindo assim dos demais tratamentos. Entre os tratamentos com as
diferentes concentrações dos extratos, não apresentaram diferenças estatísticas entre si,
com as seguintes médias: etanólico de graviola 9,00; hexânico de graviola 8,60; hexânico
de pinha 9,60 e etanólico de pinha 7,80 ovos em média durante o período do experimento.
O químico Decis® por sua reduziu a taxa de fecundidade das joaninhas, durante todo
experimento não houve oviposição dos insetos (Tabela 3).
Para a viabilidade de ovos a testemunha diferiu dos demais tratamentos
apresentando uma taxa de viabilidade de 54,59%, enquanto as concentrações dos extratos
não diferiram estatisticamente entre si apresentando as seguintes taxas de viabilidade:
40,07% para etanólico de pinha, 37,55% para hexânico de graviola, 34,49% para
etanolico de graviola e 32,10% para hexânico de pinha (Tabela 3).
Os resultados para as concentrações mais elevadas dos extratos de pinha e graviola
apresentaram efeitos nocivos aos insetos reduzindo o consumo de alimento de 75,63%,
observado na testemunha, para valores extremamente baixos, 5,99% para etanólico de
pinha e hexânico de graviola não deferindo estatisticamente dos valores apresentados pelo
químico 4,90% (Tabela4).
Tabela 4- Efeito das Concentrações Letais (CLs) 99 sobre consumo de ovos de Anagasta kuehniella
(%), número de ovos e viabilidade de ovos (%).
Tratamentos
Consumo (%)
Número de
ovos
Viabilidade
Mortalidade
(%)
Classe
CL 99 EEG
18,35 ± 0,89 b
0,00 ± 0,00 b
-
60,00
2
CL 99 EHG
5,99 ± 0,57 c
0,00 ± 0,00 b
-
0,00
1
CL 99 EEP
5,99 ± 0,57 c
0,00 ± 0,00 b
-
100,00
4
CL 99 EHP
20,35 ± 1,25 b
0,00 ± 0,00 b
-
20,00
1
Decis®
4,90± 0,23 c
0,00 ± 0,00 b
-
100,00
4
Testemunha
(água)
75,63 ± 0,42 a
29,20 ± 1,30 a
54,59 ±7,72
0,00
1
CV
23,91
Fonte: Autora, 2016.
39
Essas concentrações mais elevadas dos extratos interferiram negativamente na
fecundidade dos insetos, impedindo-os de ovipositar ao longo do experimento,
assemelhando-se assim ao químico (Tabela 4).
Seguindo a classificação de Hassan (1996), apenas o extrato hexânico de pinha
foi considerado Levemente nocivo (Classe 2), os demais extratos (etanólico de pinha,
etanólico e hexânico de graviola) e o químico Decis® foram considerados nocivos (Classe
4) aos parâmetros avaliados neste trabalho. No entanto, deve-se levar em conta que os
experimentos foram realizados em laboratório, que os dados aqui apresentados referentes
à capacidade predatória e à fecundidade de E. connexa foram obtidos a partir de
aplicações diárias dos extratos, ocorrendo assim, uma superdosagem do ingrediente ativo.
Também é necessário salientar que, em condições de campo, devido à mobilidade e à
diversidade de presas existentes, os efeitos dos extratos botânicos testados podem ser
minimizados.
Outros autores também relataram os efeitos negativos dos extratos botânicos a
inimigos naturais, principalmente sobre as joaninhas predadoras. Por exemplo, Venzon
et al. (2007), avaliando os efeitos ocasionados por extrato de nim sobre E. connexa e o
pulgão M. persicae, observaram que apenas 10% das larvas da joaninha, em plantas de
pimenta tratadas com extrato de semente de nim a 0,25 e a 0,5%, formaram pupas, e não
houve emergência de adultos.
Da mesma forma, Ribeiro et al. (2009), avaliando a toxicidade dos produtos
botânicos: extrato aquoso de pó-de-fumo (Nicotiana tabacum) e DalNeen® (produto
comercial à base de Azadiractina), ambos nas concentrações de 5 e 10% (p/v e v/v,
respectivamente), através da ingestão de presa contaminada por 11 dias, a E. connexa,
observaram que, apesar de não haver diferença significativa na mortalidade de adultos e
na eclosão larval entre os tratamentos e a testemunha, ocorreu uma redução na capacidade
predatória e na fecundidade de E. connexa.
Breda et al. (2011), estudando os efeitos dos inseticidas botânicos à base de
azadiractina e extrato aquoso de sementes de nim e óleo de mamona, nas concentrações
de 0 a 2%, de 0 a 2,5% e de 0 a 3%, aplicados sobre A. gossypii e seu predador C.
sanguinea em algodão colorido, concluíram que, os inseticidas botânicos testados afetam
negativamente o desenvolvimento de larvas de 1o e 4o ínstares do predador C. sanguinea.
O efeito nocivo do nim sobre C. sanguinea também foi estudado por Cosme et al.
(2007), ao investigar a ação de inseticida botânicos à base de Azadiractina e sintéticos
sobre ovos e larvas dessa joaninha, observando que a viabilidade dos ovos foi reduzida
40
por todos os tratamentos, principalmente pelo inseticida lambdacialotrina e que a
azadiractina foi nociva aos embriões do predador, sendo seus efeitos tão prejudiciais
quanto os observados para clorpirifós e teflubenzurom.
Silva et al. (2009) estudaram a influência de extratos botânicos à base de folha e
semente de nim, folha e talo de fumo, folha e flor de espirradeira (Nerium oleander), rama
e floração de erva doce (Foeniculum vulgare) na oviposição e no desenvolvimento
embrionário de Euborellia annulipes (Dermaptera: Anisolabididae). Os autores
observaram que óleo essencial de erva doce reduziu a oviposição e influenciou no
desenvolvimento embrionário de E. annulipes.
Luckmann et al. (2014), estudaram a seletividade dos produtos naturais comerciais
Orobor®, Baicao® e Topneen® ao parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum (Riley,
1879) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e observaram que Topneem® causou redução
do número de ovos parasitados por T. pretiosum, quando o parasitoide tem chance de
escolha.
41
5. CONCLUSÕES
Os extratos de graviola e de pinha apresentam toxicidade a A. gossypii;
As concentrações letais estimadas para a mortalidade do pulgão A. gossypii foram
menor para os extratos etanólicos e hexânicos de graviola;
Os extratos etanólico e hexânico de graviola em todas as concentrações testadas,
não apresentam toxicidade por meio de contato, para larvas de 1o instar e adultos
da joaninha E. connexa;
Quanto ao efeito residual, todos os extratos são classificados como inócuos;
Os extratos etanólico e hexânico de graviola e pinha, em todas as concentrações
testadas, aplicados por ingestão, interferem na capacidade predatória e
fecundidade das joaninhas.
42
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